Atleta mais bem pago do mundo na atualidade (segundo um levantamento da revista Forbes, o português já faturou US$ 136 milhões na temporada, entre salários, premiações e patrocínios), Cristiano Ronaldo caminha para diversificar seus investimentos.
Em uma entrevista concedida à Agência Lusa, nesta sexta-feira (30), Luís Santana, administrador executivo do Grupo Confina, maior conglomerado de mídia de Portugal, confirmou que CR7 está em vias de ingressar no capital da holding. Atualmente, o atacante defende o Al-Nassr, da Arábia Saudita.
O Grupo Confina lidera o mercado de mídia em Portugal e é proprietário de diversos veículos de comunicação. Segundo Santana, CR7 tomaria parte no “Management Buy Out” (MBO), uma aquisição de empresa que em breve será apresentada aos acionistas. Para o executivo, a presença de Cristiano Ronaldo no negócio é “naturalmente um grande motivo de satisfação”.
Nesta sexta-feira (30), o site português especializado em economia ECO noticiou que CR7 se tornará o principal acionista do Grupo Confina, passando a controlar 30% de seu capital.
Craque investidor
A entrada no quadro acionário do Confina não é a primeira empreitada do craque no mundo dos investimentos. Cristiano Ronaldo tem participação direta e indireta em diversas empresas em seu país natal e no exterior.
Os negócios são diversificados. Embora o ramo imobiliário predomine, o jogador também investe em academias, eventos, águas alcalinas e na Insparya, clínica especializada em transplantes capilares, que opera em países como Portugal e Espanha.
Atritos com a mídia
Além de seu talento com a bola nos pés, uma marca de Cristiano Ronaldo é sua personalidade forte, que acaba por resultar em atritos com a mídia. Ao longo de sua carreira, o jogador acumulou diversos episódios nada memoráveis envolvendo a imprensa, especialmente em Portugal.
No caso específico do Confina, CR7 chegou a processar um dos jornais do grupo, o Correio da Manhã, por invasão de privacidade. Em 2014, a Justiça deu ganho de causa ao atleta na ação.
Em diversas ocasiões, ele se recusou a responder perguntas feitas por repórteres da CMTV, canal de televisão do Grupo Confina.
A birra do astro com os jornalistas de sua futura emissora culminou em uma agressão em 2016, quando, durante a preparação da seleção portuguesa para a Euro, CR7 tomou o microfone da mão de um entrevistador e o atirou em um lago. Portugal acabaria vencendo a competição continental naquele ano.
Os termos da aquisição de parte do capital do Grupo Confina por CR7 não foram divulgados, mas a estimativa na imprensa portuguesa é de que o negócio gire em torno de € 70 milhões.