Com 11 mil quilômetros quadrados, o Qatar é um país pequeno. Em comparação, sua área é inferior à metade de Alagoas, o menor Estado brasileiro. Essa característica fará com que a Copa do Mundo de 2022 tenha um diferencial em relação aos Mundiais anteriores: o avião não será utilizado para viagens internas.
As cidades são próximas e o país se planeja, desde 2006, para fazer uma rede de metrô e trem que abranja todo o território do país. Naquele ano, foi criado um plano de transporte para o Qatar com custo estimado em US$ 24 bilhões. Ele inclui metrô entre os aeroportos e pelas cidades, e trens em alta velocidade conectando os municípios.
As novas linhas de trem também podem ser usadas para viagens internacionais. Em um período de uma hora, em uma velocidade de até 350 km/h, pode-se viajar de Doha para os países vizinhos Arábia Saudita e Bahrein.
A malha de trens, além das novas estradas, será suficiente para levar os turistas aos estádios. Das 12 arenas que serão utilizadas no mundial, 10 estão a até 30 quilômetro uma da outra. Das sete cidades que serão usadas pela Fifa, quatro estão a menos de 25 quilômetros da capital Doha, a principal que receberá os jogos. Apenas Al-Khor e Al-Shamal estão mais longes, com cerca de 100 quilômetros para a segunda, a mais distante.
A própria população do Qatar se concentra quase inteiramente ao redor de Doha. Hoje o país tem 1,68 milhão de habitantes. Desse número, 85% está em um raio de 20 quilômetros da capital.
Na única vez que o turista da Copa do Mundo de 2022 tiver que utilizar o aeroporto, o fará em no novo Aeroporto Internacional de Doha, que ainda não foi inaugurado. O governo do país investirá US$ 13 bilhões no novo complexo, que poderá receber até 50 milhões de passageiros por ano.
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