Assim como acontece em outros países do Oriente Médio que enriqueceram nos últimos anos graças ao petróleo, como os Emirados Árabes, o Qatar busca no turismo um meio de sobrevivência para o futuro. Nesta quinta-feira, o governo do país árabe ganhou um forte aliado para esse projeto: uma Copa do Mundo.
Hoje, a economia do Qatar está concentrada na energia, com 50% da riqueza do país oriunda do gás e do petróleo. Os dois fatores constituem em 85% dos ganhos com exportação do país e representam 70% da receita obtida anualmente pelo seu governo. Apesar da pouca variação, o dinheiro foi suficiente para o país investir bilhões em obras, o que deixou o Qatar com uma taxa de desemprego de 0,5%, com um PIB per capita de US$ 120 mil.
Aqueles que visitam as dunas do deserto do Qatar chegam atualmente a 1 milhão por ano. O número de visitantes, no entanto, tinha previsão de crescimento de 20% em cinco anos, isso antes do anúncio que o país será a nova sede da Copa do Mundo.
Com o Mundial, o plano é acelerar a infraestrutura de turismo para 2022. O número de hotéis será dobrado até a data do Mundial, e o país chegará a 84 mil quartos; a Fifa exige apenas 60 mil. Outro fator que já havia plano de modificação era o aeroporto, que será reconstruído para receber até 50 milhões de passageiros em um ano.
O plano de diversificação da economia do Qatar ganhou até nome e data para se realizar: Visão Nacional 2030. A política nacional para a área abrange um contingente de US$ 17 bilhões nos próximos cinco anos. Áreas como a tecnologia e o turismo estão no primeiro plano.
Como um grande receptor de atenção, grandes eventos esportivos têm sido usado nos últimos anos. Em 1995, o futebol esteve em pauta com a Copa do Mundo Sub-20, da Fifa. Em 2006, foi a vez dos Jogos Asiáticos. Em 2011, mais uma vez o país terá o futebol, com a Copa da Ásia.
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