A Asics resolveu assumir um comportamento de líder. Dona de 45% do mercado de alto rendimento para running no Brasil, a marca de material esportivo lançou nesta semana um circuito de meias maratonas que será realizado no país em 2011. Mais do que isso, ao menos no discurso, a companhia se posicionou como protagonista do segmento.
O exemplo mais claro disso é a explicação oficial da Asics sobre o porquê de a marca ter criado o circuito. O principal objetivo, segundo a empresa, é ajudar a desenvolver o mercado e fortalecer as corridas de diferentes dist”ncias.
“Nossa missão é criar uma ponte entre provas de entrantes e as maratonas. O Brasil tem uma grande quantidade de provas de dist”ncias curtas, com algumas muito boas e outras nem tanto, mas não tem um calendário tão forte de maratonas”, explicou Giovanni Luis Decker, vice-presidente da Asics no país sul-americano.
A meta da Asics é convencer um número maior de pessoas a aumentar a dist”ncia da corrida e deixar as provas curtas. A partir disso, em um prazo mais longo, a empresa vislumbra a criação de uma maratona com chancela da marca no Brasil.
Não por acaso, o circuito de meias maratonas que a Asics terá no país a partir de 2011 tem ligação com outras maratonas que a marca já patrocina em “mbito internacional. A marca está em 45 eventos desse tipo, mas o grande destaque para a comunicação das provas realizadas no Brasil será dado à Maratona de Nova York.
“Nós queremos investir no Brasil. E até 2020, nossa meta é fomentar o esporte no país. Queremos fazer um número cada vez maior de pessoas estar no esporte e fazer com que essas pessoas sejam cada vez melhores nisso”, disse Decker.
Outro ponto do circuito de meias maratonas que escancara a intenção de posicionamento da Asics é a projeção de crescimento. A empresa lançou o circuito como “Golden Four”, mas já admite ampliar o número de provas e regiões que recebem o evento. “Tudo isso acompanha o PIB do país. Se houver espaço, vamos expandir e puxar a fila”, ratificou o executivo da companhia.
Internacionalmente, segundo dados da própria empresa, a Asics é a terceira maior produtora de tênis em números de pares vendidos – perde apenas para as gigantes Nike e Adidas. A subsidiária brasileira, que opera há quatro anos, já é a sétima maior da marca.
“É claro que a criação de um circuito nos permite explorar um conjunto maior de propriedades do que as provas em que nós somos apenas patrocinadores, mas não foi apenas isso que nos levou ao formato. Também pensamos em fomentar o esporte. Esse é um dever nosso”, encerrou Decker.