Bélgica, Holanda e Alemanha oficializaram, nesta quarta-feira (25), uma candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Os três países europeus tentam se aproveitar de uma tendência vista nos últimos tempos nas principais competições do futebol mundial e que foi explicada pelo fundador e CEO da Máquina do Esporte, Erich Beting, em uma edição recente do Máquina Explica.
No comunicado oficial que marcou o lançamento da candidatura, a chapa se autointitulou de BNG2027 (em referência a Belgium, Netherlands e Germany) e prometeu a organização de um Mundial “compacto”, dizendo que oferecerá “uma configuração logística que garantirá uma experiência excepcional para os fãs por meio de alojamentos e ligações de transporte da mais alta qualidade”.
“Os jogos serão disputados em uma área compacta centrada na fronteira dos nossos três países para limitar as viagens e cumprir objetivos ambiciosos em torno da sustentabilidade, que está no centro de todo o planejamento operacional e logístico”, informou o comunicado.
Por enquanto, os belgas ainda não apresentaram quais cidades receberiam os jogos. Os holandeses, por sua vez, citaram Amsterdã, Eindhoven, Roterdã, Heerenveen e Enschede como possíveis sedes, enquanto os alemães indicaram Gelsenkirchen, Dortmund, Düsseldorf e Colônia.
Vale destacar que, segundo a mídia belga, o Estádio Rei Balduíno, que serve como uma espécie de estádio nacional, não estará na lista. Há cerca de dez dias, era lá que Bélgica e Suécia se enfrentavam pelas Eliminatórias da Euro 2024 quando um ataque terrorista com arma de fogo no centro de Bruxelas deixou dois torcedores suecos mortos. A partida foi suspensa.
Concorrentes
Até o momento, a candidatura europeia tripla tem três rivais para 2027: Estados Unidos, África do Sul e Brasil. A candidatura norte-americana é considerada a favorita pelo fato de que o país receberá um ano antes o Mundial Masculino (ao lado de Canadá e México), ou seja, terá a estrutura 100% pronta e testada, além de ter a estimativa de gerar cerca de US$ 11 bilhões de retorno financeiro.
Pelos lados de África do Sul e Brasil, o que pode pesar a favor é a vontade recente da Fifa de fazer um rodízio de sedes pelos continentes. A África e a América do Sul nunca receberam o Mundial Feminino.
Mesmo com tudo isso, a candidatura europeia se vê forte na disputa. Em outro comunicado divulgado em conjunto, Pascale Van Damme, Just Spee e Bern Neuendorf, presidentes das federações nacionais da Bélgica (RBFA), da Holanda (KNVB) e da Alemanha (DFB), respectivamente, afirmaram que o BNG2027 “proporcionará um torneio de qualidade incomparável tanto para as equipes participantes como para os torcedores de todo o mundo que procuram saborear “a experiência única e a emoção do futebol internacional de elite”.
Os países candidatos (já oficiais ou que porventura venham a se candidatar) devem apresentar seus relatórios finais até o dia 8 de dezembro. A escolha da sede (ou das sedes) será feita pela Fifa no 75º Congresso da entidade, marcado para maio de 2024, em Bangcoc, na Tailândia.