O primeiro turno da terceira edição do Novo Basquete Brasil (NBB) chegou ao fim. Após 101 confrontos, entre 29 de outubro e 1º de fevereiro, o Flamengo ocupa a liderança da principal competição nacional de basquete. Em termos de bilheterias, entretanto, o desempenho é digno de “pedir para sair”. Quando somada toda a renda líquida obtida pelos clubes durante a primeira fase, isto é, quando impostos já foram deduzidos da receita bruta, o NBB gerou R$ 154 mil. A título de comparação, Tropa de Elite 2, filme dirigido por José Padilha, até 27 de dezembro de 2010, havia arrecadado R$ 102 milhões em bilheterias. Obviamente, muitos fatores amenizam a discrep”ncia entre ambos os valores. Ao contrário da competição esportiva, a trama protagonizada por Wagner Moura, sob o papel de Capitão Nascimento, foi reproduzida em elevado número de cidades. Até 8 de dezembro, o filme havia sido visto por 10,7 milhões de espectadores, ante 54 mil no basquete. A renda obtida com venda de ingressos no basquete, contudo, poderia atingir patamares superiores. São José/Unimed/Vinac, Pinheiros/Sky e Paulistano/Amil, por exemplo, distribuem entradas gratuitamente. Curiosamente, enquanto São José possui média de 1.486 pessoas, as médias de Paulistano (130) e Pinheiros (162) são bem inferiores. Durante o primeiro turno, apenas o Brasília conseguiu ultrapassar os cinco dígitos no montante lucrado, ao embolsar R$ 10,5 mil diante do Interforce/Minas. O Vivo/Franca, com o tíquete mais caro do país, a R$ 20, ocupa a segunda colocação nesse quesito, com R$ 7,3 mil, seguido novamente pelo Brasília, que lucrou R$ 7 mil contra o lanterna, Assis. Caso comparado com outros esportes, vale lembrar, o futebol é a única modalidade capaz de bater as bilheterias do filme que mais arrecadou no Brasil até o momento. Durante o Campeonato Brasileiro da temporada passada, entre 380 partidas disputadas pelos 20 principais clubes do país, foram gerados aproximadamente R$ 112 milhões.