Há alguns meses, até o mais pessimista torcedor colorado poderia jurar que o estádio Beira-Rio iria representar o Rio Grande do Sul na Copa do Mundo de 2014. Hoje, sem ter apresentado garantias de que a arena irá estar de acordo com os padrões exigidos pela Fifa, dirigentes já buscam alternativas para emplacá-la no evento.
A princípio, o plano era bancar o início das obras com recursos próprios, oriundos da venda do estádio dos Eucaliptos, antiga propriedade do time. O restante da verba seria conseguida por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas o empréstimo não saiu e opções têm de ser encontradas.
Por enquanto, a alternativa mais viável é a busca por parceira, como fizeram Grêmio e Palmeiras, que cederam propriedades do futuro estádio para as construtoras OAS e WTorre, respectivamente, em troca de recursos para a construção de nova arena. Essas companhias, por sua vez, possuem linhas de crédito mais maleáveis no BNDES.
“Mas como é uma decisão muito importante, que vai impactar nas próximas décadas do clube, estamos levando essa posição e alteração para o conselho deliberativo”, afirma Aod Cunha, executivo-chefe do Internacional. O intuito é evitar que as obras arrisquem demasiadamente as finanças do clube, que já sofrem déficits anuais.
O economista, inclusive, foi contratado pelo presidente Giovanni Luigi justamente para sanar dificuldades financeiras da equipe. “Quando assumi em janeiro recebi a demanda de realizar estudos de viabilidade para identificar possibilidades”, conta Cunha. “Identificamos que, para atingir os padrões da Fifa, precisamos de parceira estratégia”.
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