Parte da programação do Jogo das Estrelas do Novo Basquete Brasil (NBB), o Torneio de 3 Pontos, que será realizado na próxima sexta-feira (15), a partir das 19h (horário de Brasília), no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP), terá uma novidade na área de inclusão.
Pela primeira vez, o evento organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB) contará, além dos jogadores que já atuam no NBB, com um atleta da seleção brasileira de basquete em cadeira de rodas.
Juninho tem 25 anos de idade, nasceu na cidade de Macaé (RJ) e pratica o esporte desde os 7. Ele terá a oportunidade de enfrentar os jogadores do NBB Augusto, Davi Rossetto, Gaskins, Gui Deodato, Hettsheimer, Jimmy, Lucas Lacerda, Malcolm Miller, Paulichi e Vezaro, na disputa pelo troféu de campeão do Torneio de 3 Pontos.
“Estou muito ansioso para chegar sexta-feira. Sei que o Ibirapuera vai lotar, mas eu tenho que focar para poder ir bem nas bolas de três. Se Deus quiser, vai dar tudo certo. Já estou acostumado a jogar com quadras lotadas, porque já disputei campeonato sul-americano e já joguei os Jogos Parapan-Americanos. O importante é ter foco”, afirmou Juninho, em entrevista ao site da LNB.
A participação do atleta no Torneio de 3 Pontos foi intermediada pela Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC). O presidente da entidade paralímpica convidou Juninho pessoalmente para disputar a competição do NBB.
“Eu estava treinando, quando o presidente Mário Belo me ligou e me convidou para participar do Jogo das Estrelas. Fiquei quase sem reação. Fiquei muito feliz realmente. Aceitei na hora”, disse.
O atleta acredita que sua participação no Torneio de 3 Pontos ajudará a conscientizar o público a respeito do papel transformador que o esporte tem, especialmente para as pessoas com deficiência.
“Para nós, é muito importante essa oportunidade. É a chance de mostrarmos o nosso basquete. Muitas pessoas que não tinham nenhuma deficiência e sofrem um acidente de carro, por exemplo, acham que a vida acabou. Mas não, o esporte muda a vida. Como mudou a minha e vai mudar a de muitas outras pessoas com deficiência. Quem assistir ao Jogo das Estrelas vai acompanhar um cadeirante disputando contra atletas que não têm deficiência. A visibilidade do Jogo das Estrelas será muito importante para a conscientização de que a vida não acaba depois de um acidente e que o esporte é a porta para seguir em frente”, ressaltou Juninho.