David Triesman, ex-presidente da associação inglesa de futebol (FA, na sigla em inglês), acusou dirigentes da Fifa de terem exigido benesses para votar nos brit”nicos no processo de escolha dos países que receberiam a Copa do Mundo em 2018 e 2022. Depois, a FA chegou a colher assinaturas para adiar a eleição presidencial da Fifa, realizada nesta quarta-feira. Esses ataques transformaram a instituição inglesa em alvo preferencial de ataques da entidade global.
O primeiro a atacar a FA foi o argentino Julio Grondona, vice-presidente executivo da Fifa. Durante o congresso da entidade mundial, ele classificou como rotineiros os ataques oriiundos da Inglaterra.
“Os ingleses são os que mais mentem, e nós sempre temos ataques deles. Esses ataques têm apoio do jornalismo de lá, que é mais preocupado em mentir. Isso chateia e atrapalha a família Fifa”, declarou Grondona.
Em tom de ironia, o dirigente chegou a fazer referência à Guerra das Malvinas, entre Inglaterra e Argentina, que terminou em 1833 e deu aos brit”nicos o controle sobre um arquipélago que foi tomado dos sul-americanos: “Quando eles tentaram sediar a Copa do Mundo de 2018, eu disse que votaria neles se eles nos devolvessem as Malvinas”.
Triesman disse que ao menos quatro dirigentes da Fifa exigiram suborno para a escolha da sede da Copa do Mundo de 2018. Segundo o inglês, Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), teria perguntado o que a FA podia fazer por ele.
“Estamos já enjoados de pessoas que movem acusações falsas. Quem acusa precisa ter evidências”, disse Selemani Owari, presidente da federação de futebol do Congo.
David Bernstein, presidente da FA, tentou adiar o processo eleitoral. No entanto, a proposta foi rejeitada por 172 votos a 17. Nesta quarta-feira, Blatter foi reeleito para comandar a Fifa até 2015.