O negócio já estava alinhavado. Quando o patrocínio da Nextel a Neymar se encerrasse, no mês de setembro, a Oi iria substituir a concorrente como parceira do atleta, e o atacante do Santos seria garoto-propaganda de nova empresa de telefonia. Estava. A Oi, patrocinadora da Copa do Mundo de 2014, já não sabe se irá patrociná-lo.
O pai de Neymar, segundo apurou a Máquina do Esporte, empolgou-se com a visibilidade conquistada pelo filho, em função das exibições na seleção brasileira e na campanha do Santos na Copa Santander Libertadores, e elevou os valores. A Oi, embora não tenha descartado o negócio, não está disposta a entrar em leilão pelo atacante.
Mesmo diante da possível eventual desistência por parte da Oi em patrocinar o atacante, a Nextel já assumiu que não tem interesse de mantê-lo como garoto-propaganda. Bem como fez com Fernanda Young, MV Bill, Herbert Vianna e Fábio Assunção, a companhia desejava ter o atleta como protagonista apenas por determinado período.
Os patrocínios pessoais de Neymar dependem da aprovação de três partes. O próprio jogador, aconselhado pelo pai; o Santos, detentor de parcela dos direitos de imagem e responsável por captar empresas interessadas em patrociná-lo; e Wagner Ribeiro, empresário e parceiro da 9ine, agência de Ronaldo, WPP e Marcus Buaiz.
Atualmente, o atacante da seleção brasileira e do Santos recebe aportes de Nike, Panasonic, Red Bull, IG, Tenys Pé e Nextel – os cinco últimos foram conseguidos pelo clube alvinegro. Com exceção ao patrocínio da Nike, obtido antes de plano de marketing ser proposto pelo time, Neymar embolsa 70% de todos os acordos, e o Santos, 30%.
Esses parceiros pessoais foram o modo encontrado pela equipe da Baixada Santista para manter sua principal revelação dos últimos anos. Com ofertas milionárias de gigantes europeus, como Chelsea, o Santos prometeu elevar a remuneração de Neymar por meio desses acordos. A multa rescisória do contrato é de 45 milhões de euros.