A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) lançou nesta sexta-feira (17), data que marca o Dia Internacional contra a LGBTfobia, a campanha “Com preconceito não tem jogo”. O cenário da ação será o ginásio do Maracanãzinho, que está recebendo os jogos da primeira semana da Liga das Nações feminina.
Às 21h, o Brasil enfrenta os Estados Unidos e as líberos da equipe de José Roberto Guimarães, Natinha e Nyeme, estarão em quadra com uma camisa estampada com a bandeira antipreconceito. A ação se repetirá na disputa masculina da Liga das Nações, na próxima semana.
“Estamos a pouco mais de dois meses dos Jogos de Paris 2024. E em um ano olímpico o alcance das mensagens é ainda mais amplificado”, destacou Radamés Lattari, presidente da CBV.
“A CBV quer que o voleibol seja um instrumento de inclusão, educação e respeito. Essa campanha traduz esse pilar desta gestão. O preconceito não tem espaço no vôlei e na sociedade”
Radamés Lattari, presidente da CBV
Campanha
A campanha foi desenvolvida em parceria com a End to End e com a participação de atletas e ex-atletas como Anderson Melo, Thiagão, Maria Clara e Fabiana.
Na entrada do Maracanãzinho, tatuagens temporárias serão distribuídas para a torcida com a frase “Com preconceito não tem jogo”.
A campanha terá um vídeo e um manifesto, que serão lançados durante a partida Brasil x EUA, e vai se desdobrar com peças nas redes sociais da CBV ao longo da reta final de preparação para os Jogos Olímpicos.
“No início do ano, a CBV lançou a campanha “Você inspira, o mundo muda”, que destacava a importância do uso consciente das redes sociais. Agora, o recado é que no voleibol brasileiro não há espaço para qualquer tipo de discriminação”, destaca Henrique Netto, diretor de novos negócios da CBV.
“Jogadores, técnicos e todos os envolvidos no ecossistema do voleibol são importantes vetores de informação. Queremos que as mensagens do voleibol brasileiro sejam inspiradoras e em prol de um mundo mais justo, mais igual e com mais empatia”, completa o executivo.
Mudanças
Em 2022, a CBV adotou uma política interna para promover a equidade de gênero e a valorização da diversidade.
Neste ano, após a ocorrência de casos de racismo em jogos da Superliga B, uma alteração do regulamento da Superliga, proposta pela CBV, tornou mais duras as penas em casos de atos discriminatórios nas competições de vôlei.
“O esporte traz valores inegociáveis e tem um viés educacional que é imprescindível ser propagado”
Danielle Vilhena, diretora de projetos e operações de marcas da End to End
“Mais uma vez, a CBV faz a diferença no âmbito esportivo e social, com uma campanha construída com a participação dos atletas, que são fundamentais para alavancar essas mensagens em busca de um mundo mais justo e acolhedor”, diz Danielle Vilhena, diretora de projetos e operações de marcas da End to End.