Lewis Hamilton foi anunciado como novo embaixador da Dior. O piloto da Mercedes, heptacampeão mundial de Fórmula 1, criou uma coleção-cápsula de roupas, feita com materiais sustentáveis e inspirada na África.
A criação foi feita em conjunto com Kim Jones, diretor artístico de moda masculina da Dior. Ambos trabalharam na linha, que está programada para ser lançada em 17 de outubro nas lojas oficiais da Dior e no e-commerce da marca.
A parceria acontece no momento em que o britânico se prepara para se transferir para a Ferrari, em 2025, após 12 anos na Mercedes. Frequentador da Paris Fashion Week, Hamilton conheceu Jones em 2016, quando o designer trabalhava para a Louis Vuitton. Desde então, a amizade cresceu, a ponto de terem passado as férias juntos em Moçambique.
“Nós temos falado muito sobre a África”, contou Hamilton, em entrevista ao site WWD.
Sustentabilidade
No continente africano, Hamilton explorou sua herança negra e ainda afirmou que tem o sonho de um dia disputar uma prova lá. Filho de um geólogo, Jones passou a infância em países africanos como Botsuana, Tanzânia, Etiópia, Quênia e Gana. É apaixonado por questões ambientais, tendo patrocinado diversos projetos de preservação de espécies ameaçadas de extinção.
“Alguns dos tecidos foram feitos em Burkina Faso. Estamos trabalhando com alguém que está nos ajudando a obter tecidos sustentáveis em todo o continente e realmente analisando o que podemos fazer para ajudar a educar a próxima geração de pessoas para que possam vir trabalhar em um estúdio como este”, contou Jones.
“Queremos ter certeza de que isso tenha impacto”, anuiu Hamilton.
O britânico, que segue uma dieta vegetariana, também pediu que sua coleção não fizesse uso de couro animal.
“Tornar a coleção sustentável foi essencial. Quando você tem uma grife como a Dior promovendo essa tecnologia, o objetivo é encorajar outras marcas a quererem começar a fazer o mesmo, porque muitas não estão conscientes”, explicou Hamilton.
Esqui
Surpreendentemente, a coleção é centrada em esqui e snowboard, em vez de automobilismo. Acontece que Hamilton é fã de esportes radicais.
“Comecei a praticar snowboard quando tinha 23 anos, mas vou todo ano, sem falta. Também faço paraquedismo e surfo”, contou o piloto.
No momento, ele está aprendendo a pilotar helicóptero, mas só conseguiu encaixar 15 horas de voo em sua agenda.
“Estou tentando tirar minha licença, mas é um processo muito lento, porque não consigo praticar com muita frequência”, lamentou.
Moda
Desde que ingressou na Mercedes, em 2013, Hamilton é embaixador da relojoaria suíça IWC Schaffhausen, embora se cogite que ele se transfira para a Richard Mille após a transferência para a Ferrari.
Ele planeja transformar sua própria linha de roupas, a Plus 44, nomeada em homenagem ao seu número de corrida, em uma coleção permanente após focar em lançamentos colaborativos com artistas como Takashi Murakami. Desde 2018, Hamilton também desenhou várias coleções com Tommy Hilfiger.
Embora os patrocinadores da Ferrari incluam Giorgio Armani, e a montadora italiana também tenha sua própria coleção de roupas desenhada por Rocco Iannone, Hamilton deve continuar sua parceria com a Dior por várias temporadas.
“Temos um relacionamento longo. Essa coleção-cápsula é quase uma degustação. Depois, teremos coleções maiores”, revelou Jones.
Cinema
Hamilton também se prepara para o lançamento, em 2025, de “F1”, filme que ele está coproduzindo com Jerry Bruckheimer e Brad Pitt, que estrela o longa. Dirigido por Joseph Kosinski, que também foi o diretor de “Top Gun: Maverick”, a história está sendo filmada durante algumas provas.
“Você nunca viu nada como esse filme de corrida. Acho que filmes de corrida foram muito difíceis de serem feitos no passado, e creio que algumas pessoas fizeram bons trabalhos. Eles fizeram um ótimo trabalho com ‘Rush’, por exemplo”, comentou Hamilton.
“Mas Joe [Joseph Kosinski] tem um olhar incrível, e a tecnologia que estamos usando, câmeras que foram especialmente projetadas para isso, capturam a corrida e sua velocidade”, detalhou.
“Espero que vocês estejam sentados lá, realmente se sentindo como se estivessem no carro conosco, e se sentindo eufóricos como nós nos sentimos no carro”, acrescentou.