O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta semana o projeto executivo de reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. E nem assim o estádio carioca vive uma semana tranquila. Nesta quinta-feira, com alegações que vão de ausência de médicos a uso de comida estragada, operários reiniciaram uma greve no projeto.
A reforma do estádio já havia sido paralisada entre os dias 17 e 22 de agosto, mas os trabalhadores chegaram a um acordo com o poder público local e encerraram o impasse. Nesta semana, ainda não houve contato entre os operários e as autoridades responsáveis pelo projeto da arena.
“Um dos trabalhadores bebeu leite estragado, a qualidade da alimentação piorou. Além disso, não houve o registro das horas extras no contracheque e ninguém recebeu o cartão referente à cesta básica, como havia sido combinado para 1º de setembro”, disse Nilson Duarte, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), ao site “Globoesporte.com”.
A greve dos trabalhadores é apenas um dos percalços do projeto do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Em agosto, o Ministério Público Federal entrou com ação civil pública contra o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Empresa de Obras Públicas (Emop) pedindo a paralisação das obras na marquise do estádio. Segundo o órgão, a reforma viola o tombamento do aparato.
Em meio a tantos problemas, a notícia positiva para o Maracanã foi a aprovação do TCU, que ainda reduziu em R$ 72 milhões o valor da obra antes de dar o aval. Com isso, o projeto ficou fechado em R$ 859.946.878,32, preceito básico para a obtenção de linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).