Primeira parceira comercial na história a ocupar espaço no peito da camisa do Barcelona, a Qatar Foundation pode ter vida curta no uniforme do clube. A diretoria vai submeter o contrato a uma assembleia de sócios, em reunião marcada para o dia 24 de setembro, e um veto dos filiados pode obrigar a equipe a retirar a marca de sua camisa.
O contrato do Barcelona com a Qatar Foundation começou na temporada 2011∕2012. A entidade sem fins lucrativos desembolsará um total de 150 milhões de euros para vincular sua marca ao clube durante cinco anos.
Entre as propriedades contempladas nesse acordo está a exposição no uniforme. O Barcelona nunca havia usado comercialmente o espaço na camisa – antes da Qatar Foundation, a vaga era ocupada pela Unicef, que não pagava nada por isso e ainda recebia doações sistemáticas da equipe.
Com a colocação da Qatar Foundation na cota máster, a Unicef passou a ocupar a barra traseira da camisa. O modelo foi aprovado pela liga de futebol profissional da Espanha e pela Uefa, mas ainda não teve aval dos sócios do Barcelona.
“Esperamos que isso não aconteça, mas o contrato perderá efeito se a assembleia votar contra. Assim, a Qatar Foundation desapareceria da camisa”, admitiu Jordi Freixa, porta-voz do Barcelona, em entrevista coletiva.
Segundo Freixa, o contrato com a Qatar Foundation não tem cláusula de rescisão. Se os sócios vetarem, portanto, o clube teria de negociar com a entidade os termos de um rompimento.
A assembleia também servirá para votações sobre o veto ao fumo no interior do Camp Nou e o projeto financeiro do Barcelona para esta temporada.
A previsão do Barcelona é que a temporada 2011∕2012 gere um lucro em torno de 20 milhões de euros. O clube tem uma estimativa inicial de faturar 461 milhões de euros.