Os esforços do presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, para chegar a consenso em relação à futura gestora da rede de franquias do clube podem ser em vão. Embora o conselho de orientação e fiscalização (COF) do clube vá se reunir nesta quinta-feira (15) para debater sobre o assunto, a Adidas é soberana em relação à decisão.
Por ser a fornecedora de materiais esportivos do clube paulista, com contrato válido até dezembro de 2014, a fabricante tem poder suficiente para barrar a intenção da política palmeirense. Como está diretamente ligada ao negócio, caso a empresa decida que a proposta escolhida está aquém do que deseja, pode vetá-la.
A Adidas, embora não se manifeste em favor de nenhuma das propostas, cujas proponentes são SPR Franquias e Meltex, está acompanhando o duelo entre as duas concorrentes para gerir a rede de franquias. À espera de relatórios detalhados de ambas as ofertas, representantes da fornecedora estão atentos ao imbróglio.
A fabricante alemã está munida de pesquisas que comprovam aumento na venda de produtos licenciados, sobretudo de uniformes, em caso de estruturação de rede de franquias. O interesse em se certificar de que a gestora do projeto é confiável, portanto, está correlacionado ao aumento que a Adidas terá nas vendas de camisas.
A reunião desta quinta do órgão palmeirense, portanto, pode ser totalmente desnecessária. Enquanto nomes como Afonso Della Monica, ex-presidente do clube; Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF); e Mustafá Contursi, outro ex-presidente da equipe, se enfrentam, a definição terá de ser aprovada pela Adidas.
A companhia, inclusive, tem planos para introduzir nas franquias alviverdes linha unbranded, isto é, fabricada sem a marca das três listras. O intuito é que essa coleção – em modelo já praticado pela Adidas na Europa com clubes como Barcelona e Manchester United, parceiros da Nike – seja uma das principais atrações do negócio.
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