Considerado um dos clubes mais tradicionais do Pará, o Remo conquistou, em setembro deste ano, o acesso à Série B do Brasileirão. O time de Belém tem buscado reforçar não apenas o vínculo com seu estado, mas com a toda a região Norte do país, que ocupa a maior parte da chamada Amazônia Legal (que inclui ainda Mato Grosso e parte do Maranhão) e que é coberta, em grande parte, pela floresta de mesmo nome.
Por conta disso, o Remo adotou o slogan “O Rei da Amazônia”, que serviu de inspiração para sua marca própria, lançada em 2020 e batizada justamente de Rei.
Os produtos dessa linha são fabricados pela empresa cearense Futsport, dona da Escudetto. Em sua conta oficial no Instagram, a marca anuncia parcerias com diversos clubes, como Vasco, Sport, Ceará, Fortaleza, Amazonas e América-RJ, além de torcidas organizadas como Gaviões da Fiel, Cearamor e Os Fanáticos.
Atualmente, a Futsport tem trabalhado com a FairPlay, que é (segundo apurou a Máquina do Esporte, junto ao clube paraense) a responsável pelos produtos licenciados da marca própria Rei, do Remo.
Na última semana, um erro geográfico ocasionou uma crise entre o clube e a fornecedora. O Remo tomou conhecimento, via redes sociais, de uma camisa da Rei, que trazia um mapa do estado do Amazonas na parte trás, acompanhado da inscrição “O Rei da Amazônia”.
A imagem chegou a ser compartilhada nas redes da loja oficial do Remo, mas foram apagadas após a constatação do erro. A situação causou desconforto na direção da equipe, que emitiu uma nota com duras críticas à fornecedora.
“Apesar do produto ser produzido por uma marca licenciada, o modelo por disposição contratual, era necessário passar por consulta, análise e aprovação do clube, o que não ocorreu. Dessa forma, constatada a violação contratual, o Clube do Remo orientou os lojistas, no sentido de serem retirados os exemplares do produto, para não haver comercialização”, afirma comunicado.
O texto informa que o Remo pretende “tomar as medidas cabíveis que o caso requer, e jamais vai negligenciar seus símbolos, história e representatividade”.
A Máquina do Esporte questionou o Remo, quanto à possibilidade de rompimento do contrato com a fornecedora, mas não obteve resposta.
A reportagem também entrou em contato com a Futsport e chegou a trocar mensagens com Sérgio Vinhas, diretor geral da empresa. Até o fechamento desta matéria, porém, ele não havia se posicionado a respeito da polêmica com o clube.
Vale lembrar que a marca própria Rei não fabrica os uniformes de jogo do clube. A fornecedora oficial de material esportivo do Remo é a Volt Sport, que renovou contrato com o time paraense no fim do ano passado.