“Temos um negócio bastante adiantado”, revela diretor de marketing – Crédito Washington Alves / VIPCOMM
Com a concorrência do Corinthians, o Cruzeiro ainda tenta manter o argentino Montillo na equipe em 2012, e agora o departamento de marketing foi acionado para tal missão. Como o jogador exige aumento salarial significativo para ficar em Minas Gerais, a ideia é conseguir um patrocínio exclusivo para ele, e dirigentes dizem estar próximos de fechar negócio nesses moldes.
O projeto difere um pouco do que o Santos fez para manter Neymar no Brasil. O time da Baixada Santista conseguiu diversos patrocínios pessoais para o atleta, que passou a ser garoto-propaganda dessas companhias, mas manteve parte desses ganhos direcionados aos cofres do clube – 30% ou 10%, dependendo do aporte.
Os mineiros pretendem, em vez disso, repassar 100% da verba paga por esse patrocinador ao jogador argentino. “A intenção inicial é repassar tudo o que conseguirmos ao Montillo, porque não será algo que passe pelo clube, que coloque a marca na camisa ou em propriedades nossas”, explica Marcone Barbosa, diretor de marketing cruzeirense. “A empresa irá explorar diretamente a imagem dele”.
As primeiras companhias a serem visitadas foram as atuais parceiras do Cruzeiro, tanto aquelas que têm patrocínios em atividade quanto as que já fizeram algum investimento no passado. “Temos um negócio bastante adiantado, mas não podemos falar porque ainda não acertamos”, conta o diretor de marketing.
Outra possibilidade é a criação de produtos licenciados com a marca de Montillo, e a verba arrecadada com eles seria mandada para o atleta. Já há planos para lançar, em breve, uma miniatura do argentino. De qualquer modo, a receita com licenciamentos ainda é muito pequena para que faça alguma diferença na remuneração mensal de jogadores de futebol, e o Cruzeiro tem consciência disso.
O meia-atacante foi o principal destaque cruzeirense na última temporada, quando o clube quase foi rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Em um ambiente conturbado por desentendimentos internos, sobretudo entre os meias Gilberto e Roger, já veteranos, o argentino se manteve como principal nome da equipe no ano. O destaque positivo atraiu o interesse do Corinthians, disposto a despejar milhões para levá-lo para São Paulo.
