O Juventude, assim como o Cruzeiro de Porto Alegre e o Lajeadense, recebeu um comunicado da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) nesta semana com a informação de que o Banrisul retirou o patrocínio aos três clubes devido o contrato afirmado pelas equipes com o banco BMG .
O Juventude confirmou o banco mineiro como patrocinador no fim do último mês, mas já negociava com a empresa desde o início de janeiro. E é essa a reclamação do clube: na época, o Banrisul teria afirmado que não faria suporte às equipes do Gauchão Coca – Cola 2012, como havia acontecido nos últimos anos.
Com contrato renovado com a dupla Grêmio e Internacional, a empresa estaria satisfeita apenas com os dois suportes, e não teria interesse em fazer uma negociação maior com a FGF. No entanto, uma possível má repercussão teria feito com a que empresa mudasse de ideia.
Segundo o clube, o banco gaúcho só reviu a estratégia após sofrer pressão da federação e das equipes. Ainda assim, o vice-presidente de marketing do Juventude, Jerônimo Dani, afirmou que estaria disposto a negociar: “Não colocaríamos a marca no uniforme por ser do mesmo segmento que o BMG, mas poderíamos pensar em algo como placas em campo”.
O dirigente entende que os clubes gaúchos foram pouco prestigiados pelo Banrisul, inclusive no valor distribuído, que passou de R$ 200 mil para R$ 50 mil para cada. “É menos do que nós ganharemos por mês pelo BMG”, afirmou.
Procurada pela Máquina do Esporte, o Banrisul se limitou a afirmar que o patrocínio foi tratado diretamente com a federação, sem diálogo direto com os clubes. O banco também afirmou que não iria divulgar valores “por fazer parte da estratégia comercial da empresa”.