Com dificuldades para negociar propriedades comerciais na nova arena, prevista para ser entregue no fim deste ano, o Grêmio conseguiu um novo parceiro para ajudar nas negociações. A equipe gaúcha contratou a 9ine, agência de publicidade de Ronaldo, Marcus Buaiz e grupo WPP, para conseguir se aproximar de empresas. A nova parceira não tem exclusividade na captação, mas é a única com direito a tal.
“Eles têm o melhor portfólio de clientes e os melhores executivos que encontramos. Como é muito cansativo fazer essas negociações, decidimos delegar essa função para uma empresa especializada. Eles começaram a trabalhar agora, em abril, e são os únicos que têm o direito de comercializar”, explica Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos, braço criado para administrar o novo estádio.
Em um período no qual várias arenas estão sendo reformadas e ampliadas, em função da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a futura casa dos tricolores gaúchos é a que está mais adiantada. Mas apenas em termos de estrutura. Na parte comercial, a expectativa era que as negociações começassem a esquentar no fim do último ano, em novembro, mas as conversas não avançaram tanto quanto se pretendia.
A estimativa mais recente de Antonini, feita à Máquina do Esporte em novembro passado, é obter cerca de R$ 100 milhões com o estádio por ano. Esse valor engloba aproximados R$ 50 milhões com a venda de ingressos, enquanto os outros R$ 50 milhões remetem aos ativos a serem vendidos pela 9ine, como camarotes, cadeiras cativas e espaços comerciais, para estabelecimentos como restaurantes e lojas.
A propriedade mais cara, que irá demandar mais esforços do estafe de Ronaldo na 9ine, é o nome da Arena Grêmio, como é chamada hoje. Novamente, a conta feita pelo presidente do braço que administra o negócio resulta em contrato de R$ 100 milhões por dez anos, isto é, R$ 10 milhões anuais. Mas esse número pode ser superior se englobar outras propriedades, como camarotes, em um pacote.
A 9ine, como em todos os negócios que intermedeia, levará uma parte da quantia obtida com a venda desses ativos, mas a porcentagem não pôde ser revelada pelo presidente da Grêmio Empreendimentos. Assim, as receitas serão divididas com mais um integrante. Até então, os únicos a dividir eram Grêmio e OAS, construtora que financiou todas as obras em troca do antigo estádio, o Olímpico.