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Torcedores são condenados por crime de ódio por ataques racistas contra Vinicius Júnior

Pela primeira vez, Justiça espanhola julgou casos de racismo como "crime de ódio" ao invés de "crime contra integridade moral"

Vinicius Júnior chega ao Santiago Bernabéu para partida pelo Real Madrid - Reprodução / X (@RealMadrid)

O Ministério Público da Espanha condenou, nesta quarta-feira (21), os cinco torcedores acusados de ataques racistas contra o atacante brasileiro Vinicius Júnior durante uma partida da LaLiga. Trata-se da primeira condenação no país que considera racismo como um crime de ódio.

Os acusados foram condenados a 1 ano de prisão e multa entre € 1.080 (R$ 7,9 mil) e € 1.620 (R$ 10,4 mil). Vinicius Júnior, Real Madrid e LaLiga atuaram como partes acusadoras, além do Ministério Público da Espanha. 

As penas de prisão, porém, foram suspensas por conta dos condenados terem aceitado não cometer novos delitos e não comparecer a estádios de futebol em que se realizem competições oficiais de âmbito nacional, ambos por três anos.

O caso em questão aconteceu no dia 30 de dezembro de 2022, durante uma partida entre Real Valladolid, time que pertence ao ex-jogador Ronaldo Fenômeno, e Real Madrid. Vinicius Júnior foi atacado pelos torcedores enquanto deixava o gramado após ser substituído.

A decisão judicial tem um grande peso na luta contra o racismo na Espanha. Até a homologação feita pela Audiência Provincial de Valladolid, processos do tipo envolviam sentenças por crimes contra a integridade moral agravados por discriminação por motivos racistas.

Além do ataque ocorrido na partida contra o Real Valladolid, Vinicius Júnior passou por situações semelhantes diversas vezes. Nenhuma delas, porém, havia envolvido julgamentos por crime de ódio.