O Los Angeles Lakers, segunda franquia mais vitoriosa da história da NBA com 17 títulos, mudará de dono após 46 anos. A família Buss, que adquiriu a equipe em 1979, está finalizando um acordo de venda para Mark Walter, atual sócio minoritário da franquia, que se tornará majoritário, após ter adquirido uma participação junto a Todd Boehly em 2021. As informações são da ESPN.
De acordo com a emissora, o valor da venda será de US$ 10 bilhões, o que faz dela a maior negociação de uma equipe esportiva da história dos EUA e com larga vantagem sobre o recorde anterior, que foi a venda do Boston Celtics, também da NBA, negociado por US$ 6,1 bilhões em março deste ano. Curiosamente, os Celtics são a única equipe que possui mais títulos que os Lakers na história da liga, com 18 conquistas.
O pódio fica completo com o Washington Commanders, da NFL, vendido por US$ 6,05 bilhões em julho de 2023.
Valorização estratosférica
A valorização da franquia de Los Angeles após quase cinco décadas é impressionante. Quando Jerry Buss adquiriu a equipe no final dos anos 1970, pagou US$ 67,5 milhões. O negócio, no entanto, também incluiu o Los Angeles Kings (time da NHL, a liga norte-americana de hóquei no gelo) e o Ginásio The Forum (atualmente chamado de Kia Forum por conta do contrato de naming rights com a montadora sul-coreana).
De acordo com o jornal “Los Angeles Times”, apenas os Lakers valiam US$ 20 milhões na época. Esse valor, ajustado à inflação, equivale, hoje, a US$ 88 milhões.
Caso a venda por US$ 10 bilhões se concretize, Jeanie Buss, que assumiu a franquia em 2013, após a morte do pai, ganhará 7.300% em cima do valor investido na época da compra (ou um retorno de 74 vezes o investimento realizado).
Vale destacar, porém, que a família Buss diluiu sua participação para 66% dos Lakers em quatro décadas e meia. E, na negociação atual, Jeanie manteria 15% das ações. Ou seja, com a venda de 51% da franquia, embolsaria pouco mais de US$ 5 bilhões.
O novo dono
Mark Walter, de 65 anos, é presidente e CEO da holding TWG Global, bem como CEO da Guggenheim Partners. Segundo a revista Forbes, o empresário tem um patrimônio estimado em US$ 6,1 bilhões e está inserido no universo esportivo há muitos anos, sendo, por exemplo, dono do Los Angeles Dodgers (MLB) desde 2012.
Além disso, ele também possui participação na equipe Cadillac (que estará no grid da Fórmula 1 a partir de 2026), no Los Angeles Sparks (WNBA) e no Chelsea (Premier League).