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Revee muda comando e busca novo sócio para reforma do Canindé

Empresa, que está à frente da obra na SAF da Portuguesa, comunicou a saída de Luis Eduardo Casari Davantel do cargo de diretor-presidente

Vista do Canindé, estádio da Portuguesa, em São Paulo - Reprodução/Instagram @portuguesaoficial

Vista do Canindé, estádio da Portuguesa, em São Paulo - Reprodução/Instagram @portuguesaoficial

Responsável por conduzir o projeto de reforma do Estádio do Canindé, em São Paulo (SP), a Revee passou por uma dança das cadeiras em seu comando, que pode impactar a obra tão aguardada pela torcida da Portuguesa.

Em comunicado ao mercado, enviado nesta quarta-feira (8), a empresa informou a renúncia de seu diretor-presidente Luis Eduardo Casari Davantel. Ele também exercia as funções de vice-presidente do Conselho de Administração e de relação com os investidores.

Os motivos da saída do executivo não foram informados. A partir de agora, o diretor financeiro Leonardo Falbo Donato passará a acumular o cargo antes ocupado por Davantel.

A Máquina do Esporte apurou que pelo menos 60 funcionários da empresa teriam sido demitidos, em meio a essas mudanças.

Procurada, a Revee não confirmou o número, mas admitiu que “realinhou o planejamento estratégico de 2026 e 2027 e decidiu pela reestruturação da equipe para se adequar aos projetos contratados”.

Reforma do Canindé

Nos últimos anos, a Revee vem acumulando a participação em uma série de revitalizações de estádios de futebol.

Entre os projetos mais conhecidos de que ela participou estão o do Allianz Parque, em São Paulo (SP), e da Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).

As experiências bem-sucedidas nos estádios do Palmeiras e da Ferroviária ajudaram a cacifar a Revee para assumir o projeto de reforma do Canindé, que, após o término da obra, estaria apto a receber de 46,5 mil a 52 mil torcedores em jogos e até 86 mil espectadores em shows, com o uso do espaço do gramado.

Questionada, porém, pela Máquina do Esporte sobre como ficará o projeto após a mudança em seu comando, a Revee afirmou que busca um novo sócio para a obra.

“O projeto do Estádio do Canindé será conduzido por uma nova estrutura societária”, informa a empresa.

A Revee não quis fornecer detalhes sobre como funcionaria essa nova estrutura societária e não esclareceu se permaneceria no projeto até o fim ou se poderia deixá-lo.

“No novo direcionamento estratégico, a Revee está concentrada na gestão de seus ativos em operação. Todos os projetos seguem com cronogramas ativos e estão sendo conduzidos com responsabilidade técnica e foco no desenvolvimento econômico, social e cultural dos destinos onde a Revee atua”, respondeu a empresa.

Quando a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) da Portuguesa foi aprovada, no fim do ano passado, e vendida ao consórcio formado por Tauá Partners, XP Investimentos e Revee, a previsão era de que a reforma do Canindé receberia R$ 500 milhões em investimentos.

Pela forma como esse negócio foi estruturado, a Revee ficou encarregada justamente da reforma do estádio. Após a conclusão, ela seria responsável pela gestão da nova arena.

Conforme noticiou a Máquina do Esporte, a expectativa é de que as obras do novo estádio tenham início em 2026.