No modelo de negócios das ligas norte-americanas, a performance esportiva não é o único fator que leva os fãs às arenas, como majoritariamente acontece no futebol brasileiro. A estratégia por trás do sucesso do esporte nos EUA está na capacidade de transformar o jogo em um espetáculo de entretenimento completo, em que a experiência do consumidor é a variável mais importante.
No Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte, Tiago Pinto, CEO da The Brand Academy, explicou que essa mentalidade parte de uma premissa de negócio lógica: o resultado esportivo é o aspecto mais incontrolável de um jogo, ao contrário da experiência do fã.
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De acordo com o executivo, para se construir uma indústria bilionária, é preciso focar naquilo que pode ser gerenciado, programado e entregue com consistência, independentemente de quem ganha ou perde.
“Isso é uma coisa que eu aprendi lá [nos Estados Unidos]: o último motivo para a pessoa ir a um estádio ou a uma arena no esporte norte-americano, é o jogo. Porque isso é incontrolável, e você não pode depender disso para investir bilhões de dólares em um negócio”, comentou Tiago Pinto.
“Então, vamos controlar todas as variáveis que a gente pode. Qual é a programação, quem vai estar no estádio. Aquilo que se mostra muito na NBA, a primeira fila [de cadeiras com personalidades famosas], tem uma curadoria inacreditável, e isso em qualquer cidade”, acrescentou.
O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Tiago Pinto, CEO da The Brand Academy, está disponível no canal da Máquina do Esporte no YouTube:
