Uma das parcerias mais conhecidas e duradouras entre a indústria de bebidas e o futebol está perto do fim. Após 30 anos, a Heineken deixará de ser a cerveja oficial da Champions League.
A cervejaria holandesa será substituída pelo conglomerado global AB-Inbev, proprietário da brasileira Ambev e detentora de marcas como Brahma, Budweiser, Corona, Spaten e Stella Artois.
A Máquina do Esporte confirmou que a União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) e a UC3, joint venture operada pela entidade e os clubes do continente, estão fechando acordo com a AB-Inbev, para que marcas do grupo sejam as cervejas oficiais não apenas da Champions League, mas de todas as demais competições profissionais masculinas de clubes do continente, como Europa League e Conference League.
Os valores e a duração do acordo não foram divulgados. Por enquanto, ainda não está definida qual (ou quais) marca do grupo será escolhida para patrocinar a Champions League.
Nos últimos tempos, a AB-Inbev tem feito fortes investimentos no segmento de cervejas premium, que têm justamente a Heineken como principal concorrente global. O primeiro trimestre deste ano registrou aumento de 15% nas vendas de marcas como Stella Artois, Corona e Spaten.
A cerveja de origem belga, por exemplo, tem forte presença no tênis, sendo patrocinadora oficial Torneio de Wimbledon. No Brasil, a marca tem como embaixadores Gustavo Kuerten, o Guga, que fechou acordo em maio deste ano, e Bia Haddad Maia.
Corona, por sua vez, está mais associada ao surfe, sobretudo com sua versão Corona Cero, que apresenta eventos como o Vivo Rio Pro, mas também com patrocínios individuais a surfistas. Já a estratégia da Spaten tem como foco o universo das lutas, como o polêmico confronto recente entre Popó e Wanderlei Silva.
No Brasil, a AB-InBev sempre possuiu forte ligação com o futebol, sobretudo por meio da marca Brahma, que tem como uma das principais ações, nos dias atuais, a Sociedade Anônima Brahma (SAB), que reúne 24 clubes.
Não se pode esquecer que a companhia também é parceira da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e marcou presença na Copa do Mundo de 2022 e na Copa do Mundo de Clubes de 2025, com a Budweiser, em um contrato que é válido até 2026.
A perda das competições da Uefa representa uma dura perda para a Heineken, que verá sua presença em eventos globais ser reduzida de maneira drástica. A marca holandesa segue como patrocinadora da Fórmula 1.
