Nas últimas semanas, a farmacêutica Cimed anunciou dois acordos relevantes no futebol brasileiro. O primeiro deles, antecipado com exclusividade pela Máquina do Esporte, no fim de outubro, foi o patrocínio ao Palmeiras. O contrato, válido por dois anos, envolve os times masculino e feminino, além das categorias de base do clube paulista.
O outro, foi a renovação e ampliação do acordo com o Cruzeiro, iniciado em 2022, com o time ainda na Série B do Brasileirão. A partir desse novo contrato, a empresa terá a sua marca estampada na região da clavícula do uniforme das equipes masculina, feminina e de base do clube celeste. A Cimed também patrocina a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Náutico. No entanto, os planos da empresa ainda envolvem mais patrocínios e com times de outras regiões do país.
“Por que patrocinar o Náutico? Para a gente também colocar um pezinho nosso no Nordeste. Então, quem sabe no Sul vem algum outro time e de repente a Cimed deixa de ser [percebida somente como] parceira do Palmeiras, do Cruzeiro, do Náutico e vira uma empresa que patrocina o futebol brasileiro. Esse é o nosso sonho”, comentou João Adibe, CEO da Cimed, em entrevista à Máquina do Esporte.
Produtos licenciados
Como parte dos novos acordos com Cruzeiro e Palmeiras, a Cimed vai criar linhas de produtos licenciados dos clubes de marcas da farmacêutica como Lavitan, Carmed, João e Maria, entre outros. O projeto, que está previsto para ser lançado em janeiro de 2026, também envolve o desenvolvimento de produtos personalizados da seleção brasileira a partir da parceria com a CBF.
“Dentro do nosso portfólio de produtos, a gente tem como encaixar o que está direcionado ao futebol. No caso de Palmeiras e Cruzeiro, nós vamos lançar produtos onde eles ganham royalties sobre a venda. Então, quanto mais vende, mais [o clube] ganha. E quanto mais o torcedor apoiar o produto do seu time, mais dinheiro vai voltar para o clube. É o [modelo] ganha-ganha desse novo projeto”, destacou o CEO da Cimed.
“Nós vamos lançar uma grande linha de consumo em janeiro, que também vai ser o produto foco da Copa do Mundo. Então, a gente apresenta os produtos de Palmeiras, Cruzeiro e o da seleção agora em janeiro em uma linha de uso contínuo, que vai ser vendida não só em farmácias mas também no canal alimentar”, acrescentou.
Bastidores
Para ativar os seus patrocínios no futebol, a Cimed foca na produção de conteúdo e em mostrar os bastidores da modalidade para além da tradicional exposição de mídia. Além disso, a marca também busca usar esses acordos para promover experiências que “o dinheiro não compra” em ações de endomarketing ou para clientes e consumidores finais da farmacêutica.
“A primeira coisa que a gente tem que entender é que o futebol não vive só da mídia e do jogo. Ele vive dos bastidores. Então, quanto mais a gente tiver a oportunidade de mostrar, junto com os times de marketing dos clubes, um pouco de como são os bastidores desse mundo do futebol fora do campo, mais fãs e mais valores para a marca nós conseguiremos atrair”, disse João Adibe.
“Imagina levar clientes para fazer uma partida de futebol na Granja Comary. [Isso] tem preço? Agora, imagina a gente fechar a Academia do Palmeiras para fazer o jogo lá ou no Allianz Parque. Então, tem várias coisas que podem ser feitas com os clubes que a gente fica ativando de uma maneira diferente. E isso não só envolvendo clientes, mas também consumidores finais”, concluiu o executivo.
