O esporte feminino vive um momento decisivo: cresce em participação, engajamento, visibilidade e investimento, e deve fechar este ano com uma movimentação de R$ 13,3 bilhões. Mas existe um potencial ainda pouco explorado nesse segmento: aquele que reconhece que a saúde, a performance e a experiência esportiva das mulheres têm especificidades próprias e devem andar juntas.
É nesse contexto que surgiu a “Economia Menstrual do Esporte”, um conjunto de produtos, tecnologias e iniciativas que consideram o ciclo menstrual, as particularidades biológicas, as demandas emocionais e o contexto social das mulheres atletas e esportistas.
Essa economia já começa a ganhar forma com soluções como:
- Wearables e sensores que integram dados de ciclo, sono, carga de treino e performance;
- Uniformes e tecidos inteligentes que oferecem conforto, segurança e confiança durante todas as fases do ciclo;
- Equipamentos e acessórios projetados para corpos femininos, não adaptados a partir do masculino;
- Apps e plataformas personalizadas, transformando ciência em decisões práticas para rendimento e saúde;
- Produtos voltados ao bem-estar, performance e experiência menstrual, conectando marcas ao público feminino de forma genuína.
Mais do que tendência, trata-se de uma oportunidade concreta para empresas que desejam inovar e dialogar com um público cada vez mais expressivo no esporte.
O esporte feminino
O esporte feminino não precisa ser comparado ao masculino; ele precisa ser compreendido a partir das mulheres. E essa compreensão cria oportunidades reais de inovação, impacto e crescimento para marcas que desejam se posicionar de maneira relevante.
Mas por que esse movimento interessa aos patrocinadores? Porque a Economia Menstrual do Esporte:
- Abre novas categorias de produtos;
- Amplia a conexão com consumidoras que buscam marcas alinhadas às suas vivências;
- Posiciona empresas como inovadoras e comprometidas com equidade;
- Fortalece narrativas que unem ciência, saúde, performance e propósito;
- Acompanha o crescimento contínuo da audiência do esporte feminino.
Investir agora não é apenas apoiar uma causa; é participar de um mercado em expansão, ainda com espaço para lideranças claras e soluções pioneiras.
O futuro do esporte é feminino. E já começou.
A evolução do esporte feminino honra décadas de esforço, resiliência e sororidade. Mas também abre portas para quem deseja construir o próximo capítulo.
A Economia Menstrual do Esporte representa um novo olhar para performance, bem-estar e inovação.
E empresas que entenderem esse movimento desde já terão um papel central no desenvolvimento do setor.
Quem impulsiona essa conversa?
Para alavancar um tema tão importante, é essencial ter nomes fortes. E aqui é possível citar o “Cada Uma é Uma” e a “Casa Curam”.
O Cada Uma é Uma (@cadaumaéuma) é uma empresa formada por ginecologistas do esporte e psicólogas do esporte, com foco na saúde física e mental de mulheres esportistas e atletas. Liderado por Tathi Parmigiano e Carla Di Pierro, ambas integrantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Cada Uma é Uma atua de maneira integrada para apoiar marcas, atletas, equipes, clubes e instituições a compreenderem e aplicarem ciência na prática, respeitando o corpo feminino, o ciclo menstrual e o contexto emocional da mulher no esporte.
Já a Casa Curam (@casacuram), idealizada por Denise Mello, é um ecossistema de estratégia e branding esportivo que acelera marcas, unindo propósito, relevância, experiência e resultados comerciais.
O artigo acima reflete a opinião das colunistas e não necessariamente a da Máquina do Esporte
Tathi Parmigiano é ginecologista e obstetra, com atuação em ginecologia do esporte, e integrante do Time Brasil/COB, além de cofundadora do Cada Uma É Uma
Carla Di Pierro é psicóloga do esporte e integrante do Time Brasil/COB, além de cofundadora do Cada Uma É Uma
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