A fabricante de material esportivo Kappa oficializou nesta semana o retorno ao mercado brasileiro. A nova operação da empresa no país será conduzida pela SPR, empresa cujo principal segmento de atuação é a gestão de franquias esportivas. Baseada em pesquisas e conhecimento empírico, a companhia estabeleceu a distribuição como principal alicerce do novo projeto, que tem meta de atingir US$ 45 milhões em vendas nos dois primeiros anos.
O contrato da SPR com a BasicNet, dona da marca Kappa, vai até 2021. A fabricante de material esportivo será distribuída inicialmente por 40 representantes no Brasil, mas a meta é chegar a 400 pontos de venda em até cinco anos (cem lojas próprias e 300 espaços exclusivos em multimarcas).
A Kappa será abastecida pelo novo centro de distribuição da SPR. O aparato, sediado em Extrema-MG, foi inaugurado no fim do ano passado e tem 4,5 mil metros quadrados.
Fundada em 1916, a Kappa tem origem italiana e está atualmente em mais de cem países. Entre janeiro e setembro de 2012, a BasicNet registrou vendas totais de 327 milhões de euros.
Antes de fechar o contrato, a SPR encomendou pesquisa sobre o mercado de material esportivo no Brasil. O levantamento identificou que o público nacional, sobretudo para vestuário, tem enorme preferência por marcas internacionais.
Outro ponto relevante do estudo pedido pela SPR é que a Kappa praticamente não tem rejeição no Brasil. A fabricante de material esportivo terá linha completa no país, com calçados, vestuário, bolas e acessórios.
“A decisão colocou em prática todas as competências, recursos e compromisso para fazer a Kappa voltar a ser uma marca esportiva líder no mercado brasileiro”, disse Lourenzo Boglione, presidente mundial da Kappa, em comunicado oficial.
As primeiras lojas oficiais da Kappa no Brasil serão abertas em shoppings da Grande São Paulo (uma na capital e outra em Santo André). Depois disso, a empresa trabalhará com franquias.
Quanto a espaços exclusivos em multimarcas, o maior foco da companhia é atingir os pontos de venda com perfil regional. A ideia da SPR é usar essa estratégia para levar a marca a cidades com porte menor.
Na nova incursão no mercado brasileiro, a Kappa será posicionada como uma marca de preço acessível (inferior aos valores praticados por Adidas e Nike, por exemplo), mas com apelo de ser uma empresa internacional.
“A gente quer posicionar a Kappa como a terceira maior marca de esportes no Brasil”, explicou Felipe Franco, CFO da empresa de material esportivo no país, que estima um período de cinco anos para alcançar esse patamar.
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