Em 2010, quando estreou seu patrocínio à Copa do Mundo, a Sony decidiu investir num rosto mundialmente conhecido para ser o seu embaixador global. A escolha pelo meia Kaká era o caminho mais natural, principalmente pelo fato de ela ter sido feita à época do anúncio do patrocínio de US$ 317 milhões à Fifa, em 2007, quando o brasileiro ganhou o prêmio de melhor jogador do mundo.
Para 2014, porém, a experiência obtida no Mundial da África do Sul fez a Sony desistir de ter um único rosto para encampar a comunicação da marca em todo o mundo. O motivo, segundo a empresa, foi a dificuldade que algumas subsidiárias da Sony tiveram em trabalhar a imagem de Kaká.
“Para nós, no Brasil, foi ótimo ter o Kaká como embaixador global, mas com certeza para nosso companheiro na Sony da Argentina não foi uma boa”, exemplificou Lúcio Pereira, gerente de marketing digital da empresa.
Agora, a fabricante de eletrônicos japonesa decidiu mudar a estratégia para o Mundial. Cada subsidiária fará sua própria campanha para o evento. O Brasil, como anfitrião, foi o primeiro a lançar seu projeto, que poderá ser levado para outros países da América Latina, uma vez que envolve a criação de uma espécie de competição virtual ligada à Copa dentro de uma plataforma de rede social.
“O grande negócio é que, por ser tudo baseado na internet, a pessoa não precisa estar necessariamente no país em que a Copa acontece para poder participar”, disse Pereira.
Sem um embaixador global, o foco da Sony passa a ser o próprio evento patrocinado. No Brasil, a marca vai desenvolver diferentes ações, como uma em que o torcedor grava um vídeo dentro de uma loja da empresa e a mensagem será exibida no telão antes do jogo do Brasil. Outra iniciativa será levar torcedores para acompanhar um jogo na posição de um fotógrafo credenciado.
“Nós queremos levar a emoção da Copa para dentro da casa das pessoas. Apenas 0,01% da população estará dentro dos estádios”, afirmou Carlos Paschoal, gerente geral de marketing da companhia.
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