Se você tivesse R$ 30 milhões anuais para investir em um patrocínio, colocaria no Corinthians ou no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)? As duas entidades têm perfis absolutamente dicotômicos, mas ambas fecharam contratos de proporções similares com a Caixa Econômica Federal.
A empresa anunciou nesta semana um contrato com o CPB, que receberá R$ 120 milhões por quatro anos de associação. Com o Corinthians, a parceria de 13 meses custará R$ 31 milhões ao banco.
No entanto, o valor é a única coisa que aproxima CPB e Corinthians. O comitê é nacional, trabalha com atletas desabilitados e promove inclusão social. O clube alvinegro é midiático, tem como principal foco a modalidade mais popular do país e fatura mais do que qualquer outra equipe do mesmo esporte.
O contrato entre Corinthians e Caixa, aliás, vive um impasse judicial. O aporte da empresa tem sido depositado em juízo, mas não chega ao clube, que no fim de março teve negado um recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
O embargo ao patrocínio começou em março, quando a 6ª Vara do Tribunal Federal do Rio Grande do Sul concedeu liminar em resposta a uma ação de um advogado gaúcho.
A principal explicação da Caixa para o patrocínio ao Corinthians é a busca por exposição. Com o CPB, o que a empresa busca é radicalmente diferente.
“Tem muito mais a ver com a estratégia das loterias Caixa, que é fazer que se conheça o que é feito com o dinheiro que nós apostamos. Faz parte de um posicionamento das loterias. A gente está falando de alto rendimento, de atletas de ponta, mas há um aspecto social muito forte. Nosso patrocínio tem origem diferente, que não é do banco”, explicou Andrew Parsons, presidente do CPB.
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