Falido e praticamente rebaixado no Campeonato Italiano, o Parma foi posto à venda por € 20 milhões. Caso ninguém deposite esse valor, o preço irá cair 25% nos seguintes dias: 12, 18, 22 e 28 de maior.
O Parma vive uma situação oposta ao do Atlanta Hawks, vendido na semana passada a um grupo de investidores liderado pelo empresário Tony Ressler por US$ 850 milhões. Ou seja, com o dinheiro investido no time da Geórgia daria para comprar quase 40 times na situação do Parma.
No caso do Atlanta, a ordem de venda partiu da direção da liga norte-americana de basquete após divulgação de declarações racistas de Bruce Levenson, antigo proprietário da equipe. A franquia fez ótima campanha na temporada regular da NBA, com a liderança da Conferência Leste da liga.
Situação bem diversa vive o Parma. A ordem de venda do clube italiano partiu do juiz que cuida do caso, Pietro Rogato, que deu parecer favorável aos credores do time. O Parma, dono de dois títulos da antiga Copa da Uefa (atual Liga Europa), deve € 74 milhões (cerca de R$ 240 milhões), dívida que seria assumida por seu comprador.
A situação se deteriorou nos últimos meses, culminando com a prisão do presidente e dono do clube, Giampietro Manenti, no dia 18 de março. Tommaso Ghirardi, mandatário anterior, decidiu se desfazer do Parma e o vendeu a Manenti pelo preço simbólico de € 1 durante esta temporada. O atual proprietário prometeu injetar dinheiro na equipe, algo que nunca aconteceu.
Segundo o regulamento esportivo da Itália, o Parma terá o direito de disputar a elite ou a Série B (seu provável destino após o fim do Campeonato Italiano) caso o novo proprietário salde as dívidas. Caso contrário, o Parma irá extinto.