A eleição à presidência da Fifa, que será realizada no próximo dia 29, ficou sem mais dois candidatos. O português Luís Figo e o holandês Michael Van Praag retiraram suas candidaturas do pleito. Com isso, restam no pleito apenas Joseph Blatter, atual presidente, e Ali bin al-Hussein, príncipe da Jordânia.
Figo alegou que o processo eleitoral teve uma grave falta de transparência democrático. Já Van Praag, presidente da federação holandesa, afirmou que irá apoiar o príncipe al-Hussein.
“Minha candidatura à presidência da Fifa foi fruto de uma decisão individual, depois de ouvir muita gente relevante no universo do futebol mundial. Reuni os apoios necessários para apresentar minha candidatura, a formalizei e as reações no mundo do futebol foram tão grandes que tomei ainda mais consciência de que minha decisão havia sido correta”, afirmou Figo, em comunicado enviado à agência EFE.
O ex-jogador, porém, justifica a renúncia dizendo que “houve episódios que envergonham a quem espera um futebol livre, limpo e democrático”.
Na nota, Figo fez críticas explícitas ao atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, no cargo desde 1998 e que disputa o quinto mandato. “Haverá alguém que ache normal que haja eleições para uma das relevantes entidades do planeta sem um debate público? Haverá alguém que veja normal que um candidato nem sequer apresente um programa eleitoral até o dia 29?”, criticou o português.
“Não deveria ser obrigatória a apresentação desse programa para que os presidentes de federações saibam o que votarão? Seria normal, mas esse processo eleitoral é tudo, menos uma eleição”, acrescentou ele.