O Botafogo conseguiu fazer algo que poucos conseguiram: tirou do ar um vídeo do grupo humorístico Porta dos Fundos. O clube carioca alegou que havia nas imagens o uso indevido de sua marca, o que forçou a retirada da enquete.
O vídeo em questão foi uma brincadeira com os excessos de patrocínios na camisa do clube. O mote foi o aporte pontual fechado pelo Botafogo no início do ano, quando a Casa & Vídeo fez promoções de preço no espaço máster do uniforme do time.
Além da piada em si, irritou os dirigentes do Botafogo o fato de o vídeo ter tido o apoio da Adidas, fornecedora de material do Flamengo. A empresa cedeu os uniformes do clube rival e aproveitou a ocasião para apresentar o modelo da atual temporada.
No caso botafoguense, a camisa usada não é a oficial, mas o escudo do clube aparece no uniforme alvinegro.
A retirada de um vídeo é fato raro para o Porta dos Fundos. O grupo já recebeu uma série de ordens do tipo, normalmente negadas na justiça. Piadas que envolvem religião são as que recebem críticas mais duras.
Em 2014, por outro lado, uma referência ao então deputado federal Anthony Garotinho, durante as eleições, fez com que a Justiça Eleitoral derrubasse um vídeo do grupo pela primeira vez.
Nesta terça-feira, Porta dos Fundos e Botafogo não se pronunciaram sobre o caso. Mas, em entrevista ao portal UOL, o vice-presidente jurídico do clube, Domingos Fleury, manteve as ameaças. “A batalha judicial só está começando. Vamos cobrar R$ 10 milhões pela exposição indevida da marca. Não aceitamos a utilização indevida sem a composição financeira que julgamos merecida”, afirmou.