United Passions, filme baseado na história da Fifa, saiu do ar nos Estados Unidos menos de um mês após o seu lançamento. Além do país ser o responsável pelas investigações que deflagraram a crise de corrupção no futebol mundial, a bilheteria não ajudou a sustentar a trama no cinema: apenas R$ 2 mil arrecadados no primeiro fim de semana.
O faturamento mundial também não empolga. Até agora, o filme acumulou irrisórios R$ 500 mil nas outras praças em que é exibido. A produção custou cerca de R$ 105 milhões, dos quais 80% foram bancados pela Fifa. Essa foi a pior estreia da história do cinema americano de um filme exibido em mais de dez salas no país.
A obra foi lançada em pleno escândalo ético da entidade, o que levou direção e elenco a se arrependerem de incluir o filme no currículo. Em United Passions, Gérard Depardieu interpreta Jules Rimet, Sam Neil faz o papel de João Havelange e Tim Roth dá vida a Joseph Blatter, que renunciou à presidência da Fifa após a crise.
“Agora eu sou visto tão mal quanto o cara que levou a Aids para a África ou o responsável pela crise financeira mundial. Meu nome está no meio (do escândalo) e aparentemente eu sou um propagandista fazendo filmes para pessoas corruptas”, disse o diretor Frédéric Auburtin ao Hollywood Reporter.
Segundo Auburtin, a Fifa queria o filme pronto antes da Copa do Mndo de 2014. Além disso, o diretor não concordou com o andamento do roteiro, que terminou virando um vídeo institucional da entidade. Roth, intérprete de Blatter na história, disse ao jornal alemão Die Welt antes do estouro da crise. “Eu me arrependo de não ter questionado o diretor e o script. Este (Blatter) é um papel que fará meu pai se revirar em seu caixão”.
Assista ao trailer de United Passions: