O São Paulo se notabilizou nas décadas de 80 e 90 por ser um clube de vanguarda. Visto como exemplo de boa gestão e com uma atuação inovadora no que diz respeito à estrutura de trabalho de atletas, o Tricolor se perdeu na última década ao se autodeclarar soberano no país.
As devastadoras gestões de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, porém, abrem caminho para que o clube consiga retomar essa posição de vanguarda no futebol brasileiro.
O São Paulo, que se perdeu ao dar a Juvêncio o direito à re-reeleição numa manobra estatutária, agora tem a chance de mudar a história dos clubes de futebol no Brasil ao tornar mais transparente os negócios feitos por ele tanto na esfera esportiva quanto na comercial.
A maior caixa preta que existe nos clubes hoje é a contratação de jogadores. Quem são os agentes comissionados pelo negócio? Quanto é o montante investido na negociação?
Tudo isso não é divulgado nem mesmo internamente. O clube apenas declara o quanto entrou ou saiu nos cofres no balanço anual.
As acusações que derrubaram Aidar no São Paulo pairam exatamente nessas comissões pagas no momento de negociação de jogadores.
Se realmente vier a querer voltar a ser exemplo, o São Paulo precisa adotar o lema “transparência total” na compra e venda de atletas. A atitude, inédita no futebol, começaria a colocar por terra acordos paralelos que lesam cofres dos clubes e engordam contas secretas pelo mundo.
O São Pauo soube ser rápido para estancar a maior crise da história. Tem a chance, agora, de ir além.