A Fifa aumentou o cerco contra Jérôme Valcke, mesmo após o afastamento do antigo secretário geral. O Comitê de Ética da entidade decretou uma suspensão de 12 anos para o executivo para qualquer atividade relacionada ao futebol. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 100 mil francos suíços, equivalente a mais de R$ 400 mil. Ainda assim, o dirigente pode recorrer à decisão nos próximos dias.
Jérôme Valcke complicou sua vida na Fifa após ser apontado em um esquema irregular de vendas de ingressos da Copa do Mundo. Depois do primeiro escândalo, outras questões foram levantadas, entre despesas de viagens e comercialização de direito de televisão. Por isso, a entidade entendeu que Valcke violou uma série de artigos do código de ética da federação.
Dessa maneira, a história entre Fifa e Jérôme Valcke deve finalmente chegar ao fim. O executivo chegou à federação em 2003, mas, como diretor de marketing, foi demitido em 2006 ao desrespeitar uma cláusula de rescisão na troca de patrocínios entre Visa e Mastercard.
Sete meses depois, Valcke retornou à entidade com um cargo mais alto, como secretário-geral. A função foi ocupada até o fim de 2015. Nesse período, se colocou em algumas polêmicas com o governo do Brasil, que sediou o Mundial de 2014. O francês chegou a afirmar que o país precisava de um “chute no traseiro”.
A punição a Valcke é ainda mais severa do que as aplicadas a outros colegas envolvidos em escândalos. O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, por exemplo, foi suspenso por oito anos pela Comitê de Ética da Fifa.