Está na mesa de cerca de 20 clubes a maior proposta já existente pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em TV paga. O Esporte Interativo, turbinado pelo Grupo Turner, apresentou aos times de maior torcida do Brasil uma proposta que pagará R$ 550 milhões por temporada pela transmissão da Série A nacional em TV paga.
A Máquina do Esporte teve acesso a detalhes da proposta feita pelo canal do Grupo Turner. Ela é válida para o período entre 2019 e 2024, o que faria a emissora pagar R$ 3,3 bilhões por seis anos de contrato. A proposta tem sido discutida pelos clubes, que têm convocado reuniões de Conselho para apresentar os valores.
Na próxima segunda-feira, por exemplo, o Atlético Paranaense debaterá entre seus sócios.
Apesar da proposta milionária, o EI tem encontrado dificuldade para assinar com os clubes. Do outro lado, o Grupo Globo negocia em conjunto uma proposta que engloba a transmissão nas TVs aberta e paga. A Globo sinaliza com o dobro do valor pelos direitos, proposta que vem sendo publicamente combatida pelo EI, que tem usado seu perfil no Facebook para tentar mostrar que os clubes perderão dinheiro se aceitarem a proposta do atual parceiro.
“Ofertas conjuntas prejudicam a concorrência, pois dificultam a precificação dos direitos em diferentes mídias. Por isso o CADE, acertadamente, buscou disciplinar esta prática para o bem do futebol brasileiro”, afirmou o canal em nota divulgada à 0h desta terça-feira.
Até agora, só o Botafogo declarou publicamente ter fechado com a Globo os direitos de TV. Por outro lado, o Santos foi o único a confirmar ter aceito a proposta do Esporte Interativo, que também tem a simpatia do Bahia.
Em sua proposta, o EI promete dividir de forma mais igualitária os valores pagos aos clubes. O canal promete distribuir 50% do valor por igual entre os times, outros 25% conforme a audiência dos jogos e o restante conforme a performance na competição.
Segundo apurou a reportagem, o valor total só será pago se os 20 clubes da Série A assinarem. Se não, proporcionalmente a verba será reduzida. Cada clube, teoricamente, vale R$ 27,5 milhões.