A semana promete ser decisiva para o embate entre o Esporte Interativo e a Globo pelos direitos de transmissão do Brasileirão na TV paga entre 2019 e 2024.
Nestas segunda e terça-feira, Atlético-PR e Bahia, respectivamente, submetem a seus conselhos as propostas feitas pelas duas emissoras.
Essas reuniões mostram uma certa perda de força do Esporte Interativo, que até a semana passada estava praticamente apalavrado com as duas agremiações.
Após a Globosat ter ganho a disputa no São Paulo, porém, a empresa do Grupo Globo voltou a ganhar força. O motivo foi o novo modelo proposto para a divisão das cotas de TV: 40% serão divididos igualmente entre os clubes, 30% serão conforme a performance e outros 30% serão dados pela aparição na TV.
O modelo, que torna menor o desnível entre os clubes, passou a ser um trunfo da Globosat nas negociações. Em dinheiro, a oferta do Esporte Interativo é maior do que a da Globo. São R$ 550 milhões a serem divididos entre os clubes na TV paga (proporção de R$ 27,5 mi por clube que aderir ao pacote da emissora). Já a Globo oferece, no pacote para as TVs aberta e paga, R$ 1,1 bilhão.
“Fomos procurados pelos clubes e estamos analisando se será feita uma nova proposta”, disse à Máquina do Esporte o diretor da Globosat, Fernando Manuel.
O Esporte Interativo tem acordo apalavrado com cinco clubes: Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Inter e Santos. Dos cinco, o time paulista é o mais inclinado a assinar o contrato com a nova concorrente.
Um dos motivos para a “pressa” dos clubes em assinar o novo acordo é o valor de luvas proposto pelas duas emissoras. Quem assinar receberá uma luva de R$ 40 milhões pelo novo contrato, que só entrará em vigor em 2019.
Até agora, nove clubes fecharam com a Globo/Globosat. São eles: Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória.