A disputa entre Esporte Interativo e Globosat pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro na TV paga entre 2019 e 2024 gerou aumento de receita para clubes menores já em 2016.
Após perder os direitos do São Paulo e, assim, ver perder força seu movimento com os times que já estão na Série A do Brasileiro, o EI decidiu atacar clubes menores, que estão próximos do acesso à elite do futebol, mas que ainda jogam a Segunda Divisão.
Esse movimento fez com que times como Ceará, Paysandu e Sampaio Corrêa recebessem ofertas milionárias para um contrato futuro, mas que já têm uma antecipação de verba imediata.
A ação do EI gerou uma reação da Globosat, que passou a negociar com clubes antes ignorados pelo Grupo Globo quando só ele fazia uma oferta de transmissão dos campeonatos no país. Na última semana, Avaí, Chapecoense e Náutico acertaram seus contratos com a emissora global.
Os ajustes também envolvem o pagamento de luvas pela assinatura do acordo, o que já permitirá a esses times reforçar o caixa agora para o contrato futuro. Em alguns casos, a verba chega a ser de R$ 40 milhões, valor que extrapola em mais de dez vezes o montante recebido por esses clubes nos últimos contratos de TV.
A disputa entre EI e Globosat só terá um desenrolar definitivo em 2019, quando serão definidos os times da Série A do Brasileiro.
A Globosat tem acordo com 13 clubes. Além dos três recém-assinados, estão na lista dela Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Grêmio, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória.
Já o EI conta com sete clubes já assinados: Atlético-PR, Bahia, Ceará, Joinville, Paysandu, Sampaio Corrêa e Santos. A emissora diz já ter acordo com 15 clubes. Entre eles, porém, está o Sport, que já assinou com a Globo, e Figueirense, que ainda não decidiu com qual emissora seguirá.