A Nike, a Head e a Evian decidiram manter patrocínio à Maria Sharapova, apesar da punição de dois anos que a tenista recebeu por caso de doping ocorrido no Aberto da Austrália. Em janeiro, a russa testou positivo para meldonium, droga proibida pela Wada (Agência Mundial Antidoping) desde o início do ano.
Após conhecer a sanção divulgada pela FIT (Federação Internacional de Tênis), a Nike decidiu retomar o patrocínio à jogadora. A fabricante de material esportivo havia suspendido o contrato quando Sharapova anunciou o exame positivo. Já a Head voltou a mostrar apoio à atleta e, em nenhum momento, deixou de apoiá-la.
“O tribunal da FIT afirmou que Maria não tinha intenção de romper as regras. Maria sempre teve posição clara, pediu desculpas pelo erro e agora vai apelar a duração do castigo. Baseando-nos nesta decisão da FIT e nos resultados obtidos, esperamos ver a Maria em breve nas quadras e continuamos nosso patrocínio com ela”, afirmou a Nike, em comunicado oficial.
A Head, por sua vez, mostrou apoio à russa em comunicado assinado por Johan Elisach, executivo da marca. “Acreditamos que, baseados nos fatos e circunstâncias que nos chegaram, é uma decisão com falhas [a punição de tenista]. A Head continuará apoiando Maria Sharapova.”
A Evian, por sua vez, divulgou comunicado confirmando que mantém relação com a tenista. “O tribunal da FIT concluiu que o erro de Maria Sharapova não foi intencional. Por conta desse anúncio, a Evian decidiu manter seu relacionamento duradouro com a campeã”, informou a gigante do setor de água mineral.
Sharapova tem sido, nos últimos 11 anos, a atleta mais bem paga do mundo. Essa situação mudou após a anúncio oficial do doping, que fez com que Serena Williams a ultrapassasse. Segundo a revista Forbes, Sharapova ganhou US$ 285 milhões ao longo de sua carreira, dos quais US$ 36 milhões vieram de premiação em torneios de tênis. A publicação noticiou que a suspensão poderia gerar a Sharapova um prejuízo de US$ 50 milhões nos próximos anos. A russa já perdeu apoios de TAG Heuer e Porsche.