A Panasonic decidiu não renovar seu acordo de patrocínio com o Barcelona. A empresa de televisores havia entrado no clube, comprando cota de “parceira oficial” em 2013. No ano passado, decidiu renovar o acordo por mais um ano.
O fim da relação acontece dois anos depois de a fabricante japonesa ter se incorporado ao programa de patrocínio do COI (Comitê Olímpico Internacional), no qual desembolsa € 80 milhões por ano em troca de visibilidade global à marca até a Olimpíada de 2024, ainda sem sede definida. Para os Jogos de Tóquio-2020, a Panasonic também é parceira no desenvolvimento de tecnologias para as operações do evento.
Esses investimentos provavelmente obrigaram a empresa a reduzir sua cota em contratos menores como o do Barcelona, no qual investia cerca de € 3 milhões anuais. A empresa também é patrocinadora de Neymar, com o qual assinou em 2010 para suas campanhas publicitárias no Brasil. Em 2011, elevou o brasileiro ao posto de embaixador global da marca, contrato que em 2013 foi renovado até 2017.
O acordo com o jogador foi feito pensando na boa visibilidade que garantiria com os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto.
Esse não é o único contrato que perdeu o Barcelona para a próxima temporada. O clube enfrenta entrave para a renovação com a Qatar Airways, patrocinador de camisa. A empresa aérea ainda está reticente em relação a dobrar o valor do patrocínio atual para algo em torno de € 60 milhões. Também deixou o clube a Advan, empresa de smartphones, que tinha contrato regional para a Indonésia. Apesar das defecções, o Barcelona segue tendo mais patrocínios globais do que há um ano e deve atingir o objetivo de aumentar em 11% a arrecadação com o marketing.