Sem uma liga que represente o interesse comercial dos times e sem acordos de longo prazo, a EA, produtora da franquia Fifa, e a Konami, do rival PES, abriram mais uma vez a disputa pelo direito de imagem das principais equipes do Brasil.
Alguns clubes já estão fechados, como é o caso do Botafogo, que na última semana confirmou o acordo com a EA e estará em ambas as plataformas. Assim como aconteceu na última edição dos jogos, essa deverá ser a tendência para a maioria dos times, mas há duas notáveis exceções: Corinthians e Flamengo.
Em 2015, os dois clubes abriram mão de estar no Fifa para ter um contrato de patrocínio da Konami. Além de uma fatia mais alta no repasse financeiro, cerca de R$ 500 mil, as equipes tiveram mimos da empresa japonesa. O Corinthians teve reproduzida no jogo a sua arena em Itaquera. Já o Flamengo ganhou a capa de uma edição vendida no Brasil, com destaque ao atacante Paolo Guerrero.
Agora, a Konami tenta manter a exclusividade. Procurado pela Máquina do Esporte, o Corinthians afirmou estar negociando com as duas produtoras para que pudesse voltar ao Fifa, um pedido de torcedores. A prioridade, no entanto, é da produtora japonesa.
A situação do Flamengo é mais favorável à Konami. Na última semana, o site da Espn Brasil revelou que o clube entrou na Justiça contra a EA por um suposto calote que a companhia teria dado na licença adquirida em 2011. Na época, o acordo era de R$ 45 mil. À reportagem, as informações foram confirmadas pelo clube.
E não é só no Brasil que Konami e EA têm disputado licenças. Em junho, a empresa americana deu um golpe duro ao seu rival: assinou com a J League, a Liga Japonesa de futebol. Será a primeira vez do torneio no Fifa. Dias antes, o jogo também havia garantido, com exclusividade, os direitos da Liga Espanhola.