Dois atletas baianos conseguiram nesta terça-feira (dia 16) conquistas inéditas para o esporte olímpico brasileiro durante os Jogos do Rio 2016: Isaquias Queiroz (canoagem) e Robson Conceição (boxe).
O canoísta Isaquias Queiroz ganhou a prata na prova C1 1.000 m da canoagem velocidade. É a primeira medalha do país na história da modalidade, que se tornou olímpica a partir dos Jogos de Munique, em 1972. Na final da prova, o baiano de Ubaitaba só ficou atrás do alemão Sebastian Brendel, que já havia faturado o ouro na mesma prova em Londres 2012. O bronze foi para Serghei Tarnovschi, de Moldova.
“Gostaria de dizer que estou muito feliz pela prata, mesmo tendo ficado atrás deste monstro [Brendel] por quem tenho enorme admiração”, afirmou Queiroz.
Ele deixou claro que sua campanha no Rio 2016 está só começando. Isaquias ainda vai disputar o C1 200 m e o C2 1.000 m (essa em parceria com Erlon de Souza) nesta Olimpíada.
“Ainda tenho duas provas pela frente. Meu objetivo nos Jogos do Rio é ganhar três medalhas. Então, já tenho uma, ainda há duas a serem disputadas e tenho certeza de que vou ser bem-sucedido”, disse o baiano.
Ousadia semelhante teve Robson Conceição, baiano de Salvador, para faturar a primeira medalha de ouro da história do boxe olímpico brasileiro. Na final da categoria leve (até 60 kg), ele derrotou o francês Sofiane Oumiha por pontos.
Anteriormente, o Brasil havia obtido apenas uma prata com Esquiva Falcão (Londres 2012) e três bronzes, com Servílio de Oliveira (México 1968) e Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo (Londres 2012).
“Pedi a Deus que me guiasse para eu fazer uma boa luta. Não necessariamente para que ganhasse. Só queria fazer uma boa luta”, contou o pugilista, que dedicou a vitória à filha Sophia, de um ano.
“Quando ela for mais velha, vou dizer que ela é minha maior inspiração e queria dar para ela o maior presente que pudesse. Ela fará dois anos nesta sexta-feira, e esse é o meu presente para ela”, contou Conceição, referindo-se à medalha de ouro.