A BM&F/Bovespa promoveu uma recolocação de mercado para alguns dos principais ídolos do atletismo nacional, que faziam parte da equipe patrocinada pela bolsa. Nesta quinta-feira (dia 25), Fabiana Murer e Marilson dos Santos anunciaram oficialmente o fim da carreira. Ambos seguirão na equipe em novas funções.
“Eles encerram a carreira como atletas, mas continuam no clube. A Fabiana será nossa manager institucional. Ela será responsável pelo relacionamento do clube com as federações e confederações nacionais e internacionais. Já o Marilson irá apoiar nossas categorias de base”, anunciou Edemir Pinto, diretor presidente da BM&F/Bovespa.
Fabiana, 35, que teve diagnosticada uma hérnia de disco cervical um mês antes dos Jogos do Rio, chegou a saltar na Olimpíada, mas não passou do classificatório no salto com vara. Durante a carreira, foi campeã mundial indoor (2010) e outdoor (2011).
Em Olimpíadas, porém, Fabiana acumulou decepções. Além de não conseguir passar para as finais do salto com vara no Rio de janeiro, a brasileira viu suas varas desaparecerem durante a Olimpíada de Pequim, em 2008. Quatro anos depois, ela desistiu de saltar por conta dos fortes ventos no estádio Olímpico de Londres.
“Esse ano recebi esse convite para continuar a fazer ligação entre atletas e clube. Agora quero ter uma visão diferente, um contato maior com federações. Tenho contato com agentes internacionais e diretores de meetings lá fora. Se tiver uma pessoa que já conhece fica mais fácil de colocar atletas [brasileiros] nessas competições”, contou Fabiana, que em nenhum momento pensou em seguir carreira de treinadora.
“Não quero. Quando fui fazer faculdade nem pensei em educação física. Fiz fisioterapia. Agora quero fazer pós em gestão esportiva”, contou.
Já Marilson servirá não só de apoio para novos atletas, mas também irá atuar na descoberta e formação de novos atletas.
“Quero contribuir de alguma forma com toda a experiência que adquiri em 27 anos de atletismo. Sei que vou sentir falta [das competições], mas estou muito feliz por dar continuidade dentro do atletismo para que a gente consiga detectar [jovens talentos] e também ajudar os atletas de alto rendimento para conseguir melhores resultados nas competições”, afirmou o corredor, que terminou em 59º lugar a maratona dos Jogos do Rio de Janeiro.