A Kick It Out, ONG que luta contra a discriminação no futebol inglês, criticou duramente a Fifa após a desativação da força-tarefa contra o racismo, que havia sido criado em 2013. A entidade britânica lembrou que a próxima Copa do Mundo, em 2018, será na Rússia, um país “tristemente famoso por seu racismo e suas atividades abusivas contra as minorias”.
“Isso [fim da força-tarefa] ocorre no momento em que há evidências de que a discriminação, o preconceito e o ódio aumentam nas cidades, principalmente na Europa, mas também em outros locais do planeta. O futebol tem o dever de participar do combate a isso”, afirmou a entidade.
O presidente da Federação Jordaniana de Futebol, o príncipe Ali Bin Al-Hussein, que concorreu à última eleição à presidência da Fifa, afirmou que considera “muito preocupante” o fim da comissão. “A luta contra o racismo está longe de acabar e a atual gestão da Fifa dizer que acredita que as recomendações da força-tarefa foram implantadas é ridículo”, disse Ali, em entrevista à agência AP.
A secretária-geral da Fifa, a senegalesa Fatma Samoura, rebateu as críticas dizendo que a federação leva a sério a questão do racismo. “A força-tarefa teve um papel que foi totalmente cumprido”, afirmou.
O comitê havia sido criado pelo ex-presidente Joseph Blatter e tinha como objetivo combater o racismo no futebol. Nos últimos tempos, uma de suas principais funções era acompanhar as várias denúncias feitas contra a Rússia, sede da próxima Copa do Mundo.