Praticamente na mesma época em que Anderson Silva foi pego no antidoping, o UFC anunciava a troca de comando no Brasil. Giovani Decker, ex-Asics, assumia como CEO da liga.
Naquele momento, o UFC já via que as coisas, no Brasil, não andavam como o esperado. Eram muitos eventos espalhados sem muito critério pelo país, o que gerava uma queda de público presente nos combates. Da mesma forma, a audiência de TV já não era aquela maravilha toda, o que também significava queda de receita do pay-per-view, razão de ser do UFC.
Pouco antes do doping, Silva já havia ficado um tempo fora do octógono por conta de uma grave lesão, que de certa forma tirou o encanto do torcedor não-fanático por lutas da magia que o UFC parecia fazer despertar.
O doping foi a pá de cal na popularização do UFC, após três anos em que o esporte percorreu uma curva ascendente no Brasil, graças a lutadores carismáticos, aumento de arrecadação das pessoas para comprara o PPV e o apoio da Globo na sua divulgação.
Sem ídolos, o UFC já deixou de ter Decker como CEO e, agora, tenta se encontrar com um novo compromisso para a gestão do eventos no país.
A entrada da IMM é natural, já que mundialmente a IMG comprou boa fatia de participação na liga. Mas será que o problema do UFC no Brasil passa por quem produz seus eventos?
A era de ouro de Anderson Silva e cia. parece que não volta mais. E isso é o maior entrave para a liga no país.