A dor da tragédia da queda do avião que levava o time da Chapecoense para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional-COL ainda era latente quando mais de 45 mil pessoas foram para o estádio Atanasio Girardot, em Medellín, onde aconteceria a partida na quarta-feira, dia 30 de novembro.
O que se seguiu, a partir dali, foi uma das mais belas manifestações de solidariedade e união de diferentes povos por meio do esporte. Os torcedores do Atlético Nacional lotaram o estádio e os arredores e, durante 90 minutos, cantaram e torceram em homeagem à equipe brasileira.
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Faixas pela arena remetiam aos brasileiros e à união entre os dois países. Diversas autoridades discursaram no local, como o presidente do Atlético Nacional e o presidente da Conmebol. Sob lágrimas, o ministro das relações exteriores José Serra agradeceu os presentes e o povo colombiano por todo o apoio e carinho recebido.
A partir desse dia, o Atlético passou a ganhar a simpatia e reconhecimento do mundo todo. O gesto fraterno de amparo à Chapecoense, que entre outras coisas foi proclamada pelo próprio clube colombiano campeã do torneio, tocou o coração das pessoas.
O time de Medellín, que nos anos 80 ficou marcado por ser o clube do traficante Pablo Escobar, passou a ser visto com carinho por todo o planeta, coroando, mesmo sem querer, uma renovação de imagem que já vinha sendo feita com muito trabalho na gestão fora de campo.