Com a atual política, os Estados Unidos não poderiam receber a Copa do Mundo de 2026. Segundo o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o decreto de Donald Trump que proíbe a entrada de cidadãos de alguns países seria um impedimento para a realização do evento em território americano.
“Todas as equipes que se classificam a um Mundial, incluindo seus torcedores, devem poder entrar no país, caso contrário, não há Mundial”, cravou o presidente de Fifa na quinta-feira (09), em entrevista coletiva em Londres.
O dirigente ainda foi além e deixou a mensagem ainda mais clara para as pretensões americanas em sediar uma Copa do Mundo. “Os requisitos são claros. E depois cada país pode decidir se é candidato ou não, baseando-se nos requisitos”, afirmou.
Com o argumento de evitar a entrada de grupos terroristas, o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou lei que proíbe a entrada de pessoas de seis países: Irã, Síria, Somália, Sudão, Iêmen e Líbia. O político também cancelou o programa do país para receber refugiados.
Antes mesmo de Trump ser eleito, em 2016, o presidente da federação de futebol dos Estados Unidos, Sunil Gulati, havia demonstrado preocupação com a realização do evento caso o empresário assumisse o poder.
A presença de Trump também é uma ameaça ao plano de Los Angeles receber os Jogos Olímpicos de 2024. Em dezembro de 2016, o empresário até se reuniu com o mandatário do COI, Thomas Bach, para demonstrar pleno apoio à realização do evento nos Estados Unidos.