A CBF anunciou na quarta-feira (26) o palco do último jogo da seleção brasileira no Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Fifa de 2018. E na disputa entre Maracanã e Allianz Parque, venceu o estádio do Palmeiras.
Com a decisão da entidade, o palco da final da Copa do Mundo de 2014 passará em branco durante toda a Eliminatória para o Mundial de 2018. Não é a primeira vez que isso acontece; na disputa pela classificação do torneio de 2006, a seleção também não pisou no Maracanã, que chegou a ficar fechado entre 2005 e 2006 para as reformas do Pan-Americano de 2007.
Ainda assim, após a Copa do Mundo de 2014, o Maracanã reforçou o prestígio de um dos principais estádios de futebol do planeta. Para ficar apto a receber a decisão do torneio e, posteriormente os Jogos Olímpicos de 2016, a arena recebeu investimento público de R$ 1,2 bilhão para a reforma da estrutura no Rio de Janeiro.
A relação de amor e ódio de São Paulo com a seleção brasileira certamente ajudou no atual cenário. Com Dunga, o desejo era se manter distante do público paulista, e a CBF aproveitou as arenas da Copa do Mundo para rodar o time nacional.
Durante as cinco primeiras rodadas das Eliminatórias no Brasil, a seleção passou por Arena das Dunas, Arena da Amazônia, Arena Pernambuco, Arena Fonte Nova e Castelão. Apenas na sexta oportunidade o time voltou ao Sudeste, também em estádio usado na Copa do Mundo de 2014, o Mineirão.
Com Tite e a seleção já embalada, a partida contra o Paraguai foi realizada na Arena Corinthians. E com ingressos que partiam de R$ 200, a CBF conseguiu faturamento recorde com a partida: foram R$ 12,3 milhões em bilheteria.
No embalo de Tite, a CBF pode almejar novas altas com bilheteria. Antes do Allianz Parque, estádio que mantém as maiores receitas do futebol nacional junto com a Arena Corinthians, a seleção irá atuar na Arena Grêmio.
Já o Maracanã aumenta o seu ostracismo pós-Copa do Mundo. O estádio, é verdade, foi palco do inédito ouro olímpico da seleção brasileira em 2016, mas recebe cada vez menos eventos de futebol. Com altos custos, Flamengo e Fluminense têm evitado atuar no local.
O problema dos times é o mesmo que teve a CBF. Segundo apuração do Globoesporte.com, a entidade achou inviável as negociações com a atual administração do estádio carioca.