O Paris Saint-Germain tem mesmo que celebrar o sucesso do time nas redes sociais após a contratação de Neymar. Ainda que os números possam não representar muita coisa na prática, eles indicam algo fundamental para a sustentabilidade do clube no futuro: hoje ele é mais global do que era antes.
A necessidade de tornar marcas internacionais sempre foi óbvia na questão comercial, mas ela ficou ainda mais evidente após a crise financeira de 2008. Na época, os grandes clubes europeus conseguiram se desprender ainda mais de seus rivais no quesito financeiro, o que sustentou um maior desequilíbrio no continente, algo que persiste até hoje. Especialmente na Espanha, o fenômeno ficou em evidência: a maior parte dos times chegaram a ficar sem aporte máster, enquanto Barcelona e Real Madrid fechavam novos contratos recordes.
Ser uma equipe global é um bloqueio a crises locais. Times como Bayern de Munique, Manchester United e a dupla espanhola estão imunes a essas conjunturas e ganham milhões com sua imagem. É o caso, por exemplo, do acordo do time inglês com a Chevrolet, o maior do mundo graças ao seu alcance internacional.
O caminho do PSG para chegar a esse status não é nada simples. Exige uma consistência no topo, além da ampliação de alcance da Ligue 1. Vale a lembrança que a principal chave para a internacionalização é uma boa distribuição dos direitos televisivos, como acontece no futebol da Inglaterra e da Espanha.
Ainda assim, ter um craque como Neymar é um grande passo para atingir esses objetivos. Tanto pelo frenesi causado por sua imagem quanto pelos possíveis ganhos esportivos.