A contratação de Neymar pela cifra recorde de 222 milhões de euros, em julho, segue a provocar uma inflação no mercado de transações no futebol europeu.
O Barcelona anunciou no final de semana que Philippe Coutinho é o novo reforço da equipe. O valor: 160 milhões de euros, a segunda transação mais cara do futebol.
O negócio é ainda consequência da própria contratação de Neymar pelo PSG. Desde que o brasileiro foi negociado, as transações que envolvem o Barcelona têm inflacionado. Logo após perder Neymar, o Barça gastou 105 milhões pelo francês Dembélé, que era do Borussia Dortmund e passou a ser a segunda negociação mais cara do futebol. O clube alemão exigiu o pagamento integral da multa para liberar o atacante francês.
Depois, foi a vez de o Liverpool endurecer para liberar Coutinho. No meio do ano, o Barcelona desistiu do negócio. Agora, não.
As duas transações já fizeram com que o clube gastasse mais do que ganhou com Neymar. O Barça também já havia desembolsado 40 milhões de euros para tirar Paulinho do futebol chinês, em outra negociação que se tornou longa.
A nova contratação amplia o efeito cascata da inflação pós-Neymar. A tendência é de que o Liverpool tenha dificuldades em conseguir valores mais baixos para a reposição ao meia brasileiro. O negócio é mais um que dificulta o projeto de “Fair Play” financeiro estipulado pela Uefa.
Agora, o ranking dos cinco negócios mais caros do futebol conta com o clube espanhol nos três primeiros nomes da lista. A quarta posição é do Manchester United, que pagou 105 milhões de euros por Paul Pogba, da Juventus, em 2016. O quinto lugar é do Real Madrid, que em 2013 gastou 100 milhões de euros para ter Gareth Bale.